“Ao invés de entregar um documento superficial, feito só com a direção do partido, nós preferimos ampliar esta discussão”, justificou a candidata.
Jane reiterou que a proposta do partido é constituir novas mediações para exercício do poder. Na avaliação dela, os poderes constituídos no atual modelo capitalista não atendem aos anseios da classe trabalhadora. “É um desenvolvimento conservador e selecionado, que além de manter grupos no poder ainda seleciona as regiões”, argumentou.
EDUCAÇÃO
Professora e atuante no Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás (SINTEGO), Jane criticou as propostas de candidatos ao governo de universalizar o ensino integral no Estado. Para ela, esta modalidade só é viável com investimento.
“Só se faz educação integral em Goiás ou em qualquer lugar com recursos e profissionais bem pagos. Não temos sequer a implementação de um mecanismo legal que viabiliza a melhoria das condições de trabalho dos professores ou um plano de cargos e salários para os profissionais administrativos”, pontuou.
“Educação integral não é só aumentar o tempo da criança ou do adolescente na instituição escolar. É preciso dar qualidade a esse tempo pra de fato desenvolver o educando em todas as suas potencialidades”, argumentou ainda.
Segundo a candidata, a proposta do partido é aumentar para 10% os percentuais do PIB que serão investidos no setor.
SEM ALIANÇAS
Segundo a comunista, o PCB optou por caminhar sozinho nestas eleições porquê não viu nas alianças a possibilidade de “encaminhar algumas lutas”.
No último pleito, o partido se aliou ao PSTU e ao PSOL, na chamada Frente de Esquerda. Embora reconheça a afinidade com estas legendas, ela ressalta que construir o poder popular é fundante na proposta de sociedade do PCB.