Parece ter chegado ao último capítulo a novela envolvendo o goleiro Toni e o Vila Nova. Com ação contra o clube há alguns meses, o atleta vinha treinando em separado do elenco no Tigrão e exigia na justiça sua liberação do clube. Nessa sexta-feira (19), saiu mais uma decisão na justiça do trabalho que garante ao jogador sua liberação assim ele está livre do Vila Nova e pode assinar com outra equipe.

Quem explica é a advogada do atleta no caso, dra. Hérica Curado:

“Foi uma decisão deferida pela Dra. Viviane Borges, juíza substituta da 10° vara do trabalho. Nós protocolamos uma rescisão direta, vislumbrando a liberação dele para assinar com outra agremiação. O que alegamos foram os salários atrasados. Inicialmente saiu uma liminar liberando ele, que foi cassada pelo Vila. Mas depois foi comprovado que ele tinha salários atrasados, inclusive o FGTS, e foi decidido pela rescisão indireta”.

Porém, a decisão ainda não é definitiva e o Vila Nova pode recorrer novamente na justiça e reabrir o processo, como fez na última decisão que também liberava o atleta. Na ocasião, foram apresentadas certidões de que o débito de FGTS, justificativa usada legalmente pela defesa de Toni, estava quitado e isso conseguiu revalidar o contrato do jogador com o clube. Agora, a decisão teve por base os salários atrasados e a alguns outros débitos previdenciários”.

“Ele está liberado para jogar por outra equipe. Mas, a verdade é que a decisão ainda cabe recurso, só não sei se vai interessar ao Vila Nova. Nós estamos satisfeitos com a decisão, que acatou todos nossos pedidos. O que alegamos foi a falta de pagamento de salários e atraso em verbas previdenciárias. A decisão só será revogada se o Vila comprovar o pagamento dessas dívidas”, explica a advogada.

Com o resguardo jurídico, o goleiro passa a procurar uma equipe no mercado para deixar o Vila Nova. Antigamente, o jogador tinha chegado a negociar com alguns times do nordeste e ficou bem próximo de jogar pelo Bragantino, de São Paulo, mas uma pendência financeira não permitiu a conclusão da negociação, além do imbróglio jurídico que continuava contra o clube que revelou o jogador.