Na literatura portuguesa do século XV, já se cantava o temor às incertezas. Navegar era o que existia de mais arriscado e desconhecido para a época. As viagens de descobertas, eram capazes de enriquecer degradados, ampliar domínios e – o mais comum – acabar em naufrágios e imensas perdas.
Para nós, que honrosamente, nos denominamos Sistema Sagres, inspirados na escola dos navegadores e suas buscas por um novo mundo além mar; o momento de ondas altas e ventos fortes, não podem ser motivos de paralisar. Embora que a gravidade dos fatos, gere temores, inquietações e perdas inconcebíveis de tantas vidas.
Atravessar os oceanos de convulsões de todos os níveis é o mínimo que se pode suportar para identificar novos territórios e novos portos de conhecimento e de realizações.
Daí nosso continuado clamor para erguemos a cabeça, olharmos para a frente e confiar nos mapas que trazemos na alma. Que eles nos motivem a avançar, mesmo diante das atuais tempestades que não nos permitem identificar o horizonte – por enquanto.
Algumas coisas já sabemos de outras travessias – e alguns naufrágios. Primeiro: Estamos todos no mesmo barco; teremos que avançar juntos. Ninguém vai se salvar cuidando somente de si. Segundo: Nosso velho mundo já não se aguenta mais; precisamos de renovações consistentes, atitudes compartilhadas e processos sustentáveis. Terceiro: Já não há volta. O porto que parecia seguro, se foi. Não podemos regressar, apesar de tão pouco tempo da partida.
Metáforas a parte, aí está nosso rumo – ou a falta dele. Mas uma coisa é certa, rezemos todos os dias.