Por conta da necessidade de isolamento social, a pandemia tem transformado a realidade de milhões de pessoas que passaram a ter a própria casa como local de trabalho. Sala, quartos, biblioteca, garagem e até a cozinha do lar doce lar se tornaram um verdadeiro escritório, cada um ao seu modo.

Nosso cérebro cria conexões neurais com os ambientes físicos também. A gente estava acostumada a ter a nossa casa, nosso sofá querido com a televisão, tudo caracterizando o relaxamento. De repente, para a gente criar uma conexão desse espaço para uma nova atividade, isso passa a ser desafiados. Isso leva um tempo. É como criar um novo hábito”, explica a especialista em Neurociência Aplicada à Arquitetura da Qualidade Corporativa Smart Workplaces, Priscilla Bencke, em entrevista ao programa Tom Maior, da SagresTV.

A especialista orienta que se crie uma rotina de trabalho, como era feito antes da pandemia. Trocar de roupa antes de iniciar a jordana, mesmo sem sair de casa, pode fazer e muito a diferença.

No momento em que a gente consegue criar essas âncoras, seja a mesa, o cafezinho, ou uma música que se vai colocar no ambiente e vai te conectar ao trabalho, coisas que possam te favorecer, que você possa acionar naquele momento vai contribuir para que essa experiência gere mais produtividade e faça você trabalhar melhor”, avalia.

Ainda segundo Priscilla Benke, mesmo utilizando locais da casa inimagináveis para o trabalho, é preciso ter atenção quanto à saúde e a postura.

As cadeiras de mesas de jantar não são ergonômicas. Vale até colocar uma almofadinha porque é importante ter a coluna sempre bem apoiada e a gente conseguir estar em uma postura adequada para trabalhar mais tempo”, recomenda.

Assista à entrevista na íntegra a seguir, a partir dos 58’47”