Mostra com 87 filmes lotou cinemas no Banana Shopping, no Centro de Goiânia (Foto: Cileide Alves / Sagres)
A troca das salas do Cine Lumière do Shopping Bougainville pelas do Banana Shopping para exibição da 12ª Mostra O Amor a Morte e as Paixões não foi suficiente para desmobilizar o público. Segundo o curador da mostra, o professor e critico de cinema Lisandro Nogueira, 24 mil pessoas passaram pelos cinemas entre os dias 20 de fevereiro e 6 de março.
Em 2018, a mostra atraiu 34 mil pessoas ao Bougainville. “Mas neste reduzimos o número de filmes e o de sessões”, informa, comemorando o resultado. “Foi um sucesso”. Desde que foi criado , em 2002, a mostra foi realizada no shopping do Setor Marista. Neste ano, contudo, teve de ser remanejado para o Centro por conta de interdição das salas para reforma.
Segundo a direção do Cine Lumière, em setembro a administradora do shopping iniciou um reparo no telhado de uma das salas. Depois estendeu a obra para outras três salas, mas paralisou o trabalho em seguida, mantendo as salas interditadas. Em 13 de fevereiro, o juiz Willian Costa Mello, da 30ª Vara Civil de Goiânia, atendendo a pedido da direção do shopping, determinou a interdição do cinema por 30 dias.
O juiz acatou solicitação do shopping, que alegou falta de segurança contra incêndio. O centro de compras e a administração do Lumiére, entretanto, têm versões diferentes a respeito do não-andamento das obras.
Por esse motivo, a mostra foi transferida para o Banana Shopping, onde a empresa tem cinco salas de exibição. Lisandro Nogueira considera que este foi a melhor mostra já realizada e está feliz com o fato de a mudança de local não ter atrapalhado a mostra. Neste ano foram exibidos 87 filmes de 26 países. E um fato inédito: pela primeira vez a mostra exibiu seis longas feitos em Goiás: Alaska, do diretor Pedro Novaes; Hotel Mundial, de Jarleo Barbosa; Vermelha, de Getúlio Ribeiro; o documentário Parque Oeste, de Fabiana Assis, estes dois últimos premiados no último Festival de Cinema Tiradentes; Dias Vazios, de Robney Bruno Almeida; e o também documentário Hélio Nunes, do Módulo Lunar ao Fotojornalismo, de Ranulfo Borges.
*Esse texto foi atualizado (às 14h17) porque o público correto foi de 34 mil pessoas em 2018 e não 28 mil como informado anteriormente.