Na 78ª edição do podcast 9&Gol, Ananda Leonel, Nathália Freitas e Tandara Reis recebem Tamires Côelho, professora do Departamento de Comunicação e vice-coordenadora do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Mato Grosso. Em pauta, a onda de protestos envolvendo as mulheres iranianas em seu país e também no Catar, onde acontece a Copa do Mundo.

Leia também – 9&Gol #77 | Mulheres fazem história na Copa do Catar
Leia também – Mulheres divergem sobre seguir orientações a respeito de vestimentas no Qatar

Há cerca de três meses manifestações acontecem no Irã. O estopim foi a morte da jovem Mahsa Amini, de apenas 22 anos, que foi detida pela polícia da moral por violar as regras do uso do hijab, lenço tipicamente islâmico que é obrigatório no país.

Com o passar do tempo, os protestos por mais liberdade para as mulheres iranianas e o fim da obrigatoriedade da vestimenta tomara grandes proporções. Principalmente durante o Mundial do Catar, quando na estreia do país os jogadores não cantaram o hino nacional e uma torcedora ficou marcada por chorar durante a execução do mesmo antes da partida contra a Inglaterra. Após a revolução islâmica de 1979 as mulheres foram proibidas de frequentar os estádios no Irã.

Eliminado na fase de grupos, o Irã ainda realizou mais duas partidas e assim como na estreia, também foram marcadas por protestos. Iranianas pintaram os rostos com ‘lágrimas de sangue’ e tentaram entrar nos locais dos jogos com imagens de Amini. Outros -homens e mulheres- trajaram o uniforme da seleção com o nome da jovem de 22 anos, enquanto alguns levaram cartazes com a bandeira do Irã e as palavras “Mulher, vida e liberdade”.