Em reunião realizada nesta sexta-feira (2), entre representantes do Ministério Público, das diretorias de Goiás e Vila Nova e o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, ficou definido que os jogos entre os dois times de agora em diante, até que haja uma outra definição ou mudança nesse sentido, teremos a presença de apenas uma torcida.

Isso implica dizer que se Goiás e Vila Nova se enfrentarem na semifinal do Campeonato Goiano ou na final da competição, nós teremos a presença de apenas uma torcida no estádio, no caso, do time mandante. Com esta decisão, as partidas entre eles no Campeonato Brasileiro da Série B também serão de torcida única.

Na minha visão isto é péssimo, porque demonstra claramente que o poder público não consegue coibir a violência. Há também uma conivência das duas diretorias nesse sentido, já que o Goiás está querendo remodelar o Estádio Hailé Pinheiro, ou –Venerável Camarada, como queiram – para mandar os jogos em seu estádio. Como a Serrinha não tem capacidade para receber duas torcidas, o clube esmeraldino aceitou a decisão imposta na tarde desta sexta-feira (2), visto que deseja atuar “em casa” na competição nacional. Agora resta saber se o Goiás terá tempo suficiente para reformar seu estádio para a Série B, que começa na segunda semana de abril.

Esta iniciativa é uma das piores a serem tomadas, porque aqui na Rádio Sagres 730, nós lutamos para que se tenham públicos cada vez maiores em nossos jogos, mas ao que parece, nossos dirigentes insistem para que os estádios permaneçam às moscas.

Ao invés de proibir a presença das duas torcidas, penso que os clubes deveriam fazer campanhas em conjunto nos veículos de comunicação para que a paz entre as duas torcidas seja incentivada. A partir do momento em que os dirigentes jogam a toalha, eu até preservo a Polícia Militar, até porque nós todos sabemos que há uma defasagem do número de policiais no nosso estado em relação ao que efetivamente é necessário.

Lamentavelmente penso que, neste caso, o mau senso prevaleceu.