O técnico Émerson Leão concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (23) e apresentou a sua versão sobre o episódio ocorrido no Barradão na última quarta-feira, após a partida entre Goiás e Vitória. Depois do jogo, houve muita confusão em campo e o cronista Roque Santos, da RÁDIO METRÓPOLE, de Salvador, denunciou o treinador esmeraldino e o atacante Rafael Moura por agressão.
O técnico garantiu que não adentrou ao gramado após o jogo para reclamar da arbitragem, embora acredite que o Goiás tenha sido prejudicado nos últimos jogos, e lembrou um pênalti não marcado na partida diante do Vasco, além de um gol anulado erroneamente diante do Cruzeiro.
Contudo, ele contestou as informações relatadas pelo árbitro da partida, Péricles Bassols, na sumula. “Ele relatou que, quando estava saindo de campo, viu o repórter me agredir com o microfone. Não é verdade. Ele não me agrediu, mas tentou. Ele colocou que eu reagi com um soco, também não é verdade”, disse.
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DESORGANIZAÇÃO
Leão reclamou da falta de organização após o término da partida e lembrou que o gramado foi tomado por pessoas que não faziam parte do espetáculo. “Papagaio de pirata, torcedor, jornalista, dirigente, amigo de dirigente, de cronista e ficou uma verdadeira desorganização. Quem tem que organizar é o time da casa”, protestou.
“Vamos deixar bem claro que o repórter deve ter toda a liberdade de trabalhar onde é permitido, mas estava onde não é permitido”.
“INVASÃO DE PRIVACIDADE”
“Não adentrei o campo para xingar árbitro e deixei de fazer isso há muito tempo. Ao final da partida, me dirigi ao campo, para afastar os jogadores de lá. Quando estou trabalhando, durante os 90 minutos, ainda tem tempo de recuperação, depois que o jogo acabou, não adianta”, relatou Leão, na coletiva.
“Foi invadida a minha privacidade, com o microfone do repórter na minha boca. Simplesmente, invadiu a minha privacidade, pedi pra ele se afastar”, complementou Leão.
Segundo ele, diante da negativa do repórter, tentou afastar o microfone e o repórter ameaçou agredi-lo.
“Depois fiquei sabendo que o homem que estava lá em cima, da Rádio, mandando ele vir pra cima de mim e colocar o microfone na minha boca. Ele passou a ser um capacho do jornalista. Empurrei o microfone e ele tentou me agredir. Se eu tivesse liberdade na hora, talvez eu tivesse feito coisas erradas”, admitiu o treinador.
“Esses dois repórteres foram dominados por pessoas que não tem o mínimo de preparo”.
NA DELEGACIA
Leão isentou os jogadores Romerito e Marcão, que segundo ele, tentaram o segurar ainda no gramado, mas foram encaminhados à delegacia com ele e o jogador Rafael Moura.
“Na DP, O repórter que nos agrediu ficava sorrindo cada vez que a gente passava. No campo, ele foi vítima, na delegacia, estava sorrindo”, protestou, por último.