Lanterna da Série B do campeonato Brasileiro com apenas cinco pontos, o Vila Nova tem uma partida importante contra o Brasiliense neste sábado. Mas o que chamou a atenção no início da semana do colorado foi a reunião do Conselho Deliberativo do clube, realizada nesta segunda-feira (02).
Sizenando Ferro, que já presidiu o Tigre, e estava na vice-presidência, renunciou oficialmente ao cargo. Carlos Alberto Barros, que preside o Conselho Deliberativo, segue, embora um pouco afastado do comando.
Em entrevista à repórter Gisele Pimenta, da RÁDIO 730, Barros minimizou a saída de Ferro e destacou que a função de vice, é mais “eletiva” e simbólica do que operacional, sendo que, segundo ele, há pouca atuação nas decisões diretas.
“Não sei se ele era ou não consultado, mas não há nenhuma obrigatoriedade disso acontecer. Tanto eu quanto ele, estávamos muito cansados. O problema do Vila Nova é muito sério e grande”, ponderou.
“A gente fica em uma situação de que – se eu não está colocando dinheiro – porque vai dar palpite? Nos dois anos que ele esteve à frente do Vila, renegou muito os negócios dele e agora está tentando recuperar. Da mesma forma que eu também estou viajando muito e não tenho tempo de vir aqui”, argumentou ainda.
SOLIDÃO?
Questionado se o atual comandante colorado, Geso de Oliveira, está sozinho no cargo, Barros destacou que este não é um privilégio dele. O ex-presidente disse que não pode mais acompanhar de perto o dia-a-dia do time, devido a compromissos empresariais e disparou.
“Quer ver isso aqui cheio? É só o time começar a ganhar. Na hora do problema, todos correm”.
Ele garantiu que não existe racha dentro da diretoria do clube, contudo, admitiu que muitos diretores tem diferentes preferências.
“Às vezes um não vai com o modelo de gestão do outro. Muita gente me deixou na chapada porque entendia que o meu jeito de comandar não era ideal. Muitos, que eram companheiros do dia-a-dia me deixaram sozinho”, reiterou.
DÍVIDAS
Para Barros, as dívidas do clube não são exclusividade de um ou outro gestor. Ele lembrou que assumiu o clube com vários problemas financeiros. “Não teve nenhum presidente que deixou o Vila Nova sem dívidas. O clube é uma instituição. As dívidas são do Vila, não do Barros, do Sizenando ou do Maurilho”, exemplificou.
“Paguei contas. Existem outros débitos que estamos assumindo. Débitos bancários que eu e o Sizenando assumimos e ninguém fala isso”, completou.
FUTEBOL
Barros não quis se posicionar em relação ao atual diretor de futebol do clube, Jair Rabelo, que não é uma unanimidade entre os vilanovenses. “Eu contratei diretor que muita gente não gostava. É um cargo de confiança do presidente. Se eu gosto, não vai alterar nada. Tenho minhas preferências”, pontuou.
“Não tem jeito de todos opinarem. Se gosto ou não do Jair é problema meu. Nunca trabalhei com ele e cada um tem as suas pessoas de confianças. Não tenho nada a falar a respeito dele. Quero que tenha sucesso, porque assim o Vila terá”, complementou.