O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, comentou nesta quarta-feira (04), em entrevista ao JORNAL 730, a polêmica em relação ao seu perfil no microblog twitter. Uma decisão inédita do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou que ele tirasse ar o perfil que tem na rede social (@PauloGarciaPT). A decisão foi da juíza Doraci Lamar e o pedido partiu da coligação “Ética e Trabalho”, composta por PPS e PT do B.
Os partidos argumentaram que no site da Prefeitura de Goiânia havia um link (já retirado) para o Twitter de Paulo Garcia, e o perfil possuía um logotipo da Prefeitura no plano de fundo (que também já foi removido).
“Eu só fui citado oficialmente nesta segunda-feira e estou elaborando minha defesa. Twitter é uma rede social e eu adoro as ferramentas da tecnologia que permitem o contato entre as pessoas. Já tinha um perfil antes de ser prefeito, é uma rede social gratuita, não gasto nada e é uma ferramenta fantástica. Acho que foi isso que preocupou os nossos adversários”, argumentou Garcia.
O prefeito se disse surpreso com a comunicação e mais ainda pelo fato da ação ter sido movida por quem foi. “Não se imagina que partidos dirigidos por pessoas que se dizem democratas, abertas ao diálogo e socialistas, cassem a voz de alguém dessa forma”, disse.
Segundo ele, depois do ocorrido, ficou desmotivado a utilizar a rede social e negou que tenha utilizado o perfil para pedir votos. O prefeito destacou ainda que todos sabem qual é o candidato ao governo apoiado por ele, o peemedebista Iris Rezende.
“Não fiz propaganda política e quem me segue sabe disso. Nunca pedi voto. Faço referências como todos os tuiteiros fazem”, complementou.
O prefeito revelou ainda que, dias antes da decisão judicial, foi convidado a participar de um encontro de “tuiteiros” goianos, onde estavam presentes jornalistas e políticos. No local, segundo ele, foi cumprimentado por Gilvane Felipe, presidente do PPS, um dos partidos que moveu a ação. “É contraditório”, finalizou.