(Foto: Reprodução/ ONU)

O funeral do ex-secretário-geral das Nações Unidas foi realizado nesta quinta-feira em Accra, capital de Gana. Kofi Annan serviu dois mandatos como chefe da ONU até 2006.

Durante o funeral, o secretário-geral António Guterres disse que desde o choque inicial da morte de Annan, ele passou a refletir sobre a pessoa tão especial que o seu predecessor era. Para Guterres, a resposta é simples, “Annan era único, e também, um de nós.”

Pobreza

O atual secretário-geral acrescentou que o ex-chefe da ONU era um líder global excepcional e que também era o tipo de pessoa com a qual qualquer um no mundo poderia se identificar. Entre eles, aqueles na pobreza, conflitos e em desespero que encontraram em Kofi Annan um aliado.   

António Guterres citou ainda uma mensagem que Annan teria dito aos jovens nos últimos momentos de sua vida. O ganês aconselhou os jovens para que “nunca se esqueçam” que é a juventude que tem que liderar, e que os mais velhos nunca são velhos demais para aprender.

Para Guterres, Annan era o tipo de homem que conseguia unir as pessoas em prol de um objetivo comum para a humanidade. O secretário-geral lembrou que Annan teve ideias e iniciativas pioneiras, incluindo os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.

O ex-chefe da ONU teria ainda aberto as portas para as Nações Unidas, trazendo a organização para perto das pessoas e envolvendo novos parceiros na proteção do meio ambiente, defesa dos direitos humanos e combate do HIV/Aids e outras doenças.

Amizade

O secretário-geral também mencionou a amizade que tinha com Kofi Annan e o apoio que recebeu dele quando atuou como alto-comissário da ONU para refugiados.  Ele declarou que, até mesmo após o encerramento de seu mandato, Annan continuou sua batalha na linha de frente da diplomacia.

Prêmio Nobel da Paz

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Annan serviu dois mandatos como secretário-geral da organização entre 1997 e 2006. Depois desse período, ele foi viver na Suíça de onde liderou sua fundação que completa 10 anos.

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