(Foto: Paulo Marcos)
Um dos principais jogadores do elenco do Atlético, o zagueiro Gilvan ainda não disputou um clássico com a camisa rubro-negra. Ele vive a expectativa de entrar em campo neste sábado (15) contra o Goiás pela 27º rodada da Série B mas, antes deste jogo decisivo, o atleta conversou com a reportagem da Sagres 730 sobre o clássico e diversos assuntos.
No bate-papo, Gilvan fala sobre o início da sua carreira, a mudança de Sergipe para o Paraná, a transferência para o futebol da Romênia e as dificuldades encontradas no país europeu. O zagueiro revelou ainda que deu conselhos a júnior Brandão quando o atacante se transferiu para o Ludogorets, a boa relação com Claudio Tencati, as “resenhas” com os companheiros de time e ainda os objetivos que tem para sua carreira.
Confira abaixo alguns trechos e ouça a entrevista na íntegra.
Sergipe
Você saiu cedo de Sergipe para jogar no Paraná, você ainda tem parente e vai muito em Sergipe?
Gilvan: “Meu pai é de lá, minha mãe é de lá, assim como meus irmãos. Eu pretendo um dia morar em Sergipe também, eu construí uma família em Iraty no Paraná, minha esposa e minha filha e sempre que estamos de férias passamos um tempo em Sergipe, em Iraty, a gente divide, metade-metade das férias. Mas eu gosto muito de Sergipe, é um lugar maravilhoso”.
Romênia
Você se destacou na Série A em 2017 a acabou se transferindo para o futebol da Romênia. Por que não deu certo?
“Eu não tive muita oportunidade na Romênia. Falaram um monte de coisa, que eu iria pra jogar e acabou que eu não tive nenhuma oportunidade. Faltavam 13 partidas para o final do campeonato e eu não entrei em nenhum. Financeiramente também eles prometeram as coisas e não cumpriram, e eu decidi voltar. Eu tentei até por empréstimo, eles não aceitaram. Também pedi rescisão não quiseram, até que eu insisti e eles acabaram rescindindo”.
O que achou da Romênia? O que mais tem de diferente do Brasil?
“É um país bem tranquilo, você pode dormir de porta aberta que não tem violência nenhuma. Lá as pessoas são muito educadas, o trânsito é bem diferente. Se uma pessoa pisar na faixa, você não parar e um policial ver, você recebe multa e pode ser até preso. Foi uma experiência, eu queria muito ir para a Europa, mas acho que não foi o momento certo, eu achei que era o momento. Mas espero ter outra oportunidade, estou trabalhando forte aqui no Atlético para isso”.
E a sua família, pesou muito tanto na sua ida para a Romênia quanto na sua volta para o Brasil?
“Foi um ponto que pesou muito. Eu fui sozinho (para a Romênia), fiquei cinco meses longe da minha família e isso estava pesando muito. Até disse para meus companheiros que se ficasse mais um mês, eu entraria em depressão porque não estava aguentando mais ficar longe da família, sem jogar, às vezes sem receber (…) isso dificulta muito, foi Deus que ajudou que eu não entrei em depressão porque foi por pouco”.
Gol mais marcante
Em 2017 você foi um dos principais jogadores do elenco do Atlético. Qual foi o gol ou a partida mais marcante pra você?
“Ah, contra o Corinthians né (Série A de 2017), foi um gol que não sai da minha memória. Foi um gol muito importante até para a minha carreira. Após esse jogo, muita gente me ligou me perguntando qual era a minha situação no Atlético, muitos empresários”.
Claudio Tencati
Você trabalhou com o Tencati no Londrina e no ano passado ele quase subiu com o time paranaense. Como é essa convivência e você vê ele com muita sede pelo acesso?
“Eu gosto muito de trabalhar com ele porque é um cara correto, sempre busca o melhor, sempre está atualizando o futebol. Agora está aqui no Atlético, buscando esse acesso, buscando o melhor e espero que dê tudo certo. Quero ajuda-lo, assim como conquistamos o Campeonato Paranaense em 2014, espero que esse ano seja o acesso. Dar esse acesso pra ele vai ser muito importante, até pra mim. Ele foi um cara muito importante, que pesou na minha volta, que pediu a minha volta, minha conhece e sabe como eu trabalho”.
Objetivos
Você tem 28 anos. Quais são seus objetivos profissionais ainda?
“Eu quero ser campeão brasileiro, que ainda não tenho esse título. Em 2014, bati na trave com a Ponte Preta e por causa de um ponto não fomos campeões brasileiros. Falta esse título, eu vou buscar, e jogar mais umas duas ou três Série A e ainda tenho o sonho sim de ir para a Europa de novo. É o sonho que tenho e tenho certeza que vai ser realizar porque acredito muito em Deus”.
Ouça a entrevista na íntegra:
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