A chapa de oposição para a eleição à presidência da Federação Goiana de Futebol é comandada pelo empresário Lélio Júnior. Casado, 39 anos, é conselheiro do Vila Nova. Filho de Lélio Vieira Carneiro, ex – diretor do clube colorado nas décadas de 70 e 80, tentou o consenso com a atual diretoria, mas sem acerto, busca sua primeira experiência na gestão do futebol. Conta com o apoio de dois clubes da Capital: Atlético e Goiânia, e garante que vai surpreender na eleição com o número de apoiadores.
Lélio Júnior (Foto: Arquivo Pessoal)
Está tudo certo com a chapa?
Sim, nossa chapa está ok. Temos até mais do que as oito assinaturas para fazer o registro. Estamos bem confiantes para este pleito eleitoral.
Quem está apoiando a sua chapa?
Alguns clubes estão declaradamente com a gente desde o começo, como o Atlético, Anápolis, Anapolina, Rio Verde e Goiânia. Outros clubes pediram para não revelar até o registro da chapa. Quando formos registra – la, a situação vai ter uma grande surpresa com o número de apoios que conseguimos.
Por que alguns clubes pedem sigilo?
Os clubes pedem sigilo, pois tem campeonato rodando, mas estamos respeitando a posição deles. Estamos trabalhando nos bastidores pra ter uma votação maciça e ser bem aclamado nesta eleição.
Você conversou com Goiás e Vila Nova na tentativa de apoio?
Fomos bem recebidos nos dois clubes. Sou conselheiro do Vila Nova, estive na última reunião do conselho deliberativo, conversei com o presidente Ecival Martins, mas ele já está fechado com o Pitta há muito tempo. Já o Goiás, sinalizou um voto ao Pitta, mas sinalizar não é definir. Estamos conversando com todos. Até quarta – feira vamos passar em mais de 20 cidades, visitando todos os clubes, pois é uma promessa minha estar perto de todos.
Depois de anunciar que disputaria a eleição, você conversou com André Pitta?
Conversei com ele duas vezes antes de anunciar o meu nome. Acho interessante em uma entidade de classe, o movimento de oposição conversar com a situação antes. Tentei um consenso, mas não foi possível. Acho salutar a disputa para tirar a Federação da inércia em que se encontra, mas depois da disputa pelo voto, os dois lados devem estar juntos pelo bem do futebol.
O que a sua chapa pretende fazer de diferente?
Nosso projeto é bem amplo. Queremos valorizar o clube do interior, dar mais transparência aos números da Federação pra que os clubes entendam com mais facilidade, valorizar o futebol de formação, dar mais espaço para o futebol feminino, porque sabemos que a partir do ano que vem para a disputa do Brasileiro será obrigatório para os clubes.
Qual a sua experiência na gestão do futebol?
Sou um desportista por paixão. Meu pai foi diretor do Vila Nova nas décadas de 70 e 80. Sempre vivi dentro Vila. Sou um estudioso, tenho muito conhecimento em entidades de classe, e no futebol, você tem de ser apaixonado pelo esporte. Tenho certeza que com isso, aliado a planejamento, vamos fazer uma gestão surpreendente.