O governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) passa por uma prova de fogo, a mais importante depois de se eleger com mais de 60% dos votos no primeiro turno das eleições. Os testes ocorreram em três movimentos: visita à Assembleia Legislativa na quarta-feira (21), reunião com empresários ligados à Associação Pró-Desenvolvimento (Adial) e encontro com o governador José Éliton, quinta-feira (22).

Da Assembleia, onde apresentou os dados sobre a realidade fiscal do Estado, Caiado precisava do adiamento da vigência do Orçamento Impositivo. Fez discurso de respeito à independência do Parlamento e saiu de lá sem o que queria, o adiamento. Levou a promessa de escalonamento do índice de 1,2% da receita anual para as emendas dos deputados.

No dia seguinte reuniu-se com os empresários da Adial. Ele propôs a revisão dos incentivos fiscais para 13 segmentos com previsão de incremento de R$ 1 bilhão na receita estadual. Os empresários se assustaram com o tamanho da redução, mas aceitaram negociar um termo mais favorável. As tratativas continuam.

Por fim, Caiado teve um encontro com o governador José Éliton, na presença de dois deputados, José Vitti e Francisco Oliveira (PSDB), e de seu aliado Samuel Belchior. Queria que o governador concordasse em parcelar o pagamento da primeira parcela de quem aderisse ao Refis para parte desse recurso entrar em sua gestão. José Éliton discordou e Caiado desistiu do pedido. A semana, portanto, não foi fácil para o ex-governador, que viajou na sexta-feira (23) para Londres, onde ficará por uma semana.

O segundo tema do episódio #18 do PodFalar é a antecipação da eleição para a presidência da Câmara de Goiânia por três semanas. Motivo oficial? Para ter tempo de formar uma comissão que fará a transição entre o atual e o futuro presidente. Motivo real? O grupo político mais articulado, formado por 23 vereadores, teme perder força se tiver de esperar mais três semanas para a eleição. Como se diz no ditado popular, jabuti não sobe em árvore. Se ele for visto nela, foi por enchente ou mão de gente.

A pauta dos deputados, três assuntos superimportantes para o futuro de seu governo: o Refis proposto pelo govenador José Éliton para renegociação de dívidas de ICMS e ITCM; o projeto do deputado Bruno Peixoto (MDB) que prorrogava a vigência do Orçamento Impositivo e, por fim, o projeto que reinstitui os incentivos fiscais, este também proposto por José Éliton.