Foto: CBF

Pensando na temporada 2019, o Vila Nova passou por mudanças na comissão técnica (Umberto Louzer substitui Hemerson Maria), no departamento de futebol (Sidiclei Menezes na vaga de Felipe Albuquerque) e também no departamento jurídico. Em novembro, o departamento jurídico também passou por modificação, com Tathianne Uchôa sucedendo Neliana Fraga.

Em entrevista à Rádio Sagres 730, Uchôa falou sobre o novo desafio, ressaltando seus objetivos junto ao time colorado. “Foi uma transição bem tranquila, com a doutora Neliana sendo muito ética, nos municiando de todas as informações que eram necessárias. À respeito da questão jurídica, posso falar que estamos trabalhando para fazer acordos dentro daquilo que é justo. Sabemos que, na justiça trabalhista, muitas vezes, o reclamanete pleiteia valores que nem sempre condizem com a realidade. Temos trabalhado nos acordos para, de fato, minimizar, além de trabalhar com uma advocacia preventiva, para estancar o problema na fonte. Nossa meta agora é evitar, justamente, o passivo. Sempre que o clube vai definir algo, que possa dar problema no juridico, ensejar uma ação judicial, buscamos orientae, exatamente para evitar problemas que podem gerar uma reclamatória trabalhista no futuro, como rescisão contratual, por exemplo”. 

Questionada sobre o número de ações contra o Tigrão, Tathianne ressaltou que não tem um número exato, por conta das diferentes fases e instâncias. “Não consigo precisar, pois o Vila traz ações de gestões passadas. Temos várias ações antigas, então não conseguimos precisar, pois temos algumas que estão em conhecimento, algumas que estão em fase recursal, e outras que estão no juiz auxiliar de execuções”.

Ex-jogadores

Na última semana, surgiram informações, nas redes sociais, que o Vila perdeu novos processos para atletas que defenderam a equipe em 2017, como os goleiros Luís Carlos (R$ 70 mil) e Wendell (R$ 120 mil), além do atacante Tiago Adan (R$ 170 mil), que alegaram salários atrasados.

Tathianne Uchôa esclareceu as situações dos ex-jogadores, ressaltando que as decisões não são definitivas e ainda passaram por outras instâncias e votações. “As reclamatórias pesam em diversos assuntos. São processos em fase recursal. Na verdade, o Wendell perdeu boa parte da reclamatória dele, que era de quase 700 mil reais. Perdeu 80% e ainda está aguardando recurso. A sentença foi publica Esse valor, arbitrado pelo juiz, não é um valor final, é um valor para propiciar o recolhimento de custos. Falar em condenação quando a sentença ainda não transitou em julgado não é plausível, acho até temerário, pois ainda temos mais duas instâncias (TRT e TST). Iremos recorrer, com três pessoas dando votos, enquanto em primeiro grau, temos um voto de um juiz, uma decisão monocrática”.

A responsável pelo jurídico alvirrubro buscou tranquilizar os colorados e classificou o ano como positivo na questão judicial. “O Vila, como qualquer empresa, está sucestivel de processos. Nosso escritório, praticamente, trabalha com reclamadas. Esse passivo é comum, porque muitas vezes o reclamante acredita ter um direito e ele pode buscar a justiça. Nossas ações estão sob controle, nessa gestão, o Ecival (Martins, presidente) conseguiu minimizar, resolver várias questões. Temos feito acordos, dentro do que é possível, do que é justo. Quero tranquilizar a torcida do Tigrão, pois está tudo sob controle, transcorrendo muito bem. 2018 foi um ano positivo”.