(Foto: Reprodução / Internet)

“Não sou contra nenhum tipo de escola. Agora quero entender por que os professores de uma escola recebem gratificação maior que os de outro tipo de escola. Não dá para pegar todo dinheiro da educação e pôr em um modelo de escola. Não podemos dar tratamento desigual a iguais”, assim a futura secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, reagiu ao ser questionada em entrevista nesta sexta-feira (21) à Rádio Sagres 730 sobre as escolas militares em Goiás.

A secretária abordou temas polêmicos e não se omitiu a se manifestar sobre nenhum deles. Criticou os debates sobre ideologia de gênero e escola sem partido. Lamentou que se gaste tanta energia para debater temas que, segundo ela, não fazem parte do dia a dia da sala de aula. “O que é ideologia de gênero? Eu nunca vi essa discussão na escola. Tenho 50 anos de idade e quando fui alfabetizada no Paraná, meu livro já mostrava o corpo humano, incluindo os órgãos genitais”, disse.

Fátima Gavioli disse que também não existe debate partidário em sala de aula que justificaria a adoção do tal do “escola sem partido”. “O professor não discute se o candidato a presidente deve ser A ou B, se o candidato a governador deve ser o candidato A ou B”, afirmou.

A futura secretária informou que houve uma seleção para escolha do secretário de Educação nos Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, realizada pela Agenda Brasil para o Futuro e o Instituto Comunitas. Ela afirma que passou nas três seleções e que escolheu Goiás, porque gostou da conversa que teve com o senador Ronaldo Caiado.

Fátima diz que pretende fazer a Seduce Itinerante, ou seja, pretende visitar o maior número possível de escolas, são 1.100 no Estado, para entender a realidade dos professores, dos alunos e a rede física estadual. “Meu foco não é visibilidade, é proximidade com escolas, professores e alunos”. Seu segundo foco, disse, será o enxugamento da máquina e devolver professor da área administrativa para a sala de aula.

Questionada se não está sem um projeto claro para investimento na melhoria da qualidade do ensino, mas apenas com um projeto vago de visitar as escolas, a secretaria afirmou: “Não é só um projeto de viagem. É um trabalho itinerante da secretaria. Vamos visitar escolas e apresentar soluções ao mesmo tempo. Peço um prazo para mostrar que isso flui”, disse Fátima Gavioli. Goiás é o primeiro colocado no Ideb no ensino médio, mas a nota é apenas 4,3.

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