A saída do técnico Coutinho do Novo Horizonte foi marcada por uma confusão. No intervalo do jogo contra o Goianésia, em Ipameri, com o Fantasma perdendo por 4 a 0, o “homem forte” do clube, Sérgio Albernaz, teria ordenado para que seu filho e presidente, Rodrigo Albernaz, fosse até o vestiário e demitisse o treinador e alguns jogadores, versão que foi confirmada pelo próprio dirigente.
“Na verdade o “homem forte” do Novo Horizonte é o Sérgio Albernaz, que é meu pai, e ele não vinha gostando do comportamento da equipe. Então ele determinou pra todo mundo ser demitido, mas aí acertamos para demitir só dois, o técnico e seu auxiliar”, explicou Rodrigo Albernaz.
A versão dada pelo dirigente do Novo Horizonte, foi desmentida pelo técnico Coutinho, tanto, que voltou para o segundo tempo, quando sua equipe ainda conseguiu diminuir o placar para 4 a 1.
“Não estou sabendo disso não. A minha demissão aconteceu depois do jogo, tanto que eu trabalhei no segundo tempo. Nós fizemos um segundo tempo muito bom, então o que houve dentro do vestiário, foi que o Jean Carlo, diretor de futebol, e um outro diretor, pediram que eu saísse pra eles chamarem a tenção dos jogadores. Eu já tinha feito minha preleção para o segundo tempo, saí e não houve nada de anormal”, explicou Coutinho.
Jean Carlo, diretor de futebol do Novo Horizonte, confirmou a versão de Coutinho, e citou falta de ética demiti – lo ainda no intervalo do jogo.
“Era a intenção do Sérgio Albernaz em demitir no intervalo, mas conversamos e achamos por bem que não fosse feito, pois seria falta de ética. Após os jogadores gritarem no vestiário, pedi ao Coutinho e seu auxiliar que se retirassem pra que eu pudesse conversar com os atletas. Detectamos alguns problemas e pedi que eles tivessem um pouco mais de garra. O time se portou bem no segundo tempo e ao final do jogo chamei o Coutinho e seu auxiliar e o desliguei do cargo”, explicou.
A demissão de Coutinho, que ficou apenas 12 dias no comando do Novo Horizonte, contribuiu para o aumento no número de trocas de técnicos no Goianão. No próprio Novo Horizonte, Wladimir Araújo já havia saído. No Itumbiara, Júnior Baiano deu lugar a Vitor Hugo. Kiko e Zé Roberto deixaram o Iporá, que contratou Auecione. Na Anapolina, Toninho Cecílio assumiu a vaga de Pachequinho, enquanto que na Aparecidense, Márcio Fernandes foi demitido e Edson Júnior contratado, abrindo vaga para Rogério Mancini comandar o Goianésia. Outras trocas aconteceram no Grêmio Anápolis, que demitiu Sílvio Criciúma e trouxe Cléber Gaúcho, e no Vila Nova, com o pedido de demissão de Umberto Louzer e a chegada de Eduardo Baptista.