Henrique Arantes (PTB) (Foto: Assembleia Legislativa)

O deputado estadual Henrique Arantes (PTB) disse à Sagres que CPI instalada na Assembleia Legislativa na semana passada pretende investigar se a Enel cumpre o contrato de compra da Celg D de investir R$ 4 bilhões em 5 anos na melhoria do fornecimento de energia elétrica no Estado. O deputado explica que optou pela CPI porque a Enel se recusou a prestar informações solicitadas pela Assembleia.

No final da legislatura passada o deputado fez solicitação por meio de requerimentos. Não recebeu respostas em dois deles. Depois convocou o diretor de Operações para prestar esclarecimentos, mas ele faltou a duas reuniões no final do ano. Na volta dos trabalhos da Assembleia, o deputado propôs a criação da comissão de investigação. Seu pedido foi juntado ao do deputado Alysson de Lima (PRB), que quer investigar a transição da Celg D para Enel. A CPI será formada nesta semana e depois escolhera entre Alysson e Henrique para ser presidente e relator.

Henrique Arantes acredita que a visita do presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, do presidente da Enel Goiás, Abel Rochinha, e outros diretores à Assembleia, em 25 de fevereiro, ocorreu por conta da criação da CPI. “Nós não ficamos satisfeitos com as informações”, afirmou.

Apoio ao governo

Único deputado do PTB na Assembleia Legislativa, Henrique Arantes admite discutir composição política com o governo de Ronaldo Caiado, conforme defende o prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango. Em entrevista à Sagres 730 nesta segunda-feira (4) o prefeito afirmou que prefeitura não faz oposição a governo. No entanto, Henrique Arantes faz exigências: “O partido precisa de espaço político no governo”.

Questionado a explicar qual seria o espaço, o deputado deu um exemplo hipotético: o governo cria um campeonato de bicicletas (ou de bolinha de gude) no interior e dá sua coordenação a um nome do PTB para este ajudar no fortalecimento partidário no interior. “É uma ferramenta política para o partido atuar nos municípios”, disse.

O deputado reconhece, contudo, dificuldades nessa composição, pelo fato de seu partido ter sido da base de Marconi Perillo. Para ele, o governador não tem maioria na Assembleia e calcula que o Palácio das Esmeraldas tem apenas “entre 10 e 12 votos para analise de projetos polêmicos”.

Ouça a entrevista na íntegra

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