Gramado do Jonas Duarte está entre os piores do Goianão (Foto: Nathália Freitas/Sagres 730)

É deprimente o nível dos gramados do Campeonato Goiano. Com raras exceções, tivemos um campeonato em que a maioria dos estádios tinha campos que beiravam o amadorismo. Nem mesmo os jogos das quartas de final ficaram de fora dessa realidade que em nada condiz com o que se espera de um futebol profissional

O Estádio Jonas Duarte – que é municipal, mas casa de Anápolis, Anapolina e Grêmio Anápolis – tem um gramado deplorável. Entre os campos que estive neste Campeonato Goiano, o Jonas Duarte está entre os piores – se não for o pior.

Em Aparecida de Goiânia, o Anníbal Batista de Toledo não está tão ruim como o de Anápolis, mas também está longe de uma condição ideal. Mesmo já acostumados ao local, jogadores da Aparecidense sofreram com o gramado ruim. Para o Goiás, que vai encarar uma Série A e campos em melhores condições, disputar o Goianão vira uma aposta arriscada.

Quem esteve no Olímpico viu um gramado amarelo, que desanima qualquer um. Acompanhei o jogo pela televisão e quase desliguei ao ver um campo que parecia um terrão de várzea. Mas justiça seja feita. Após o jogo, em entrevista aqui na Sagres 730, os jogadores do Vila elogiaram o campo e disseram que estava melhor que o do OBA.

Não sou contra o estadual, mas o campeonato precisa de melhorias urgentes. Uma delas é a exigência de um padrão mínimo de qualidade dos gramados. É uma vergonha os quatro jogos das quartas de final serem disputados em quatro gramados ruins.

Para o próximo ano, a FGF precisa se impor e colocar no regulamento uma exigência de gramados melhores, como outros estaduais pelo Brasil têm feito. No exterior, principalmente na Inglaterra, clubes são multados quando os gramados não estão em boas condições.

Sei que vários clubes vão alegar problemas financeiros para rejeitar o acordo, mas não tem como fazer futebol profissional com gramados tão ruins. Quem não se adequar, melhor não disputar o torneio e se preparar para uma realidade de futebol profissional, não a desse amadorismo atual.

Transferir responsabilidade é uma das grandes muletas dos dirigentes do futebol goiano. A cada fracasso, uma nova desculpa, principalmente para cima da arbitragem.

Chegou a vez da cartolagem sair desse mundo utópico e lutar por um campeonato melhor. Exigir um gramado melhor é o mínimo