Maurício Barbieri tem 19 jogos no comando do Goiás e aproveitamento de 77,1% (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)
A goleada sofrida para o Atlético no último domingo vai provocar mudanças no Goiás. Após uma série de reuniões do presidente Marcelo Almeida com a comissão técnica e com o grupo de jogadores, o técnico Maurício Barbieri mostrou sua insatisfação com o desempenho da equipe e não garantiu a repetição do time titular para o segundo jogo da final do Campeonato Goiano. Entre as novidades, o treinador pode barrar o goleiro Sidão, o zagueiro Rafael Vaz e o meia Marlone, principais alvos da torcida esmeraldina.
“Eu entendo a insatisfação do torcedor. Isso é normal. Eles querem um culpado. Mas, eu, na minha posição, não posso encontrar culpados. Preciso encontrar soluções. Isso é o que vou fazer durante a semana. Eu não posso garantir eles (Sidão, Rafael Vaz e Marlone), como não posso garantir ninguém porque seria desrespeitar os outros jogadores que trabalham durante a semana. Vou avaliar todos e fazer a melhor escolha buscando a melhor opção”, disse o treinador.
Apesar de ter chegado à final do Campeonato Goiano com a melhor campanha, ataque e defesa, o Goiás está em situação delicada. Por ter perdido o primeiro jogo, o time precisa vencer por três ou mais gols de diferença para levantar a taça e conquistar o pentacampeonato. Embora tenha ficado muito decepcionado com o resultado ruim, o treinador acredita que o último domingo se trata de um jogo isolado.
“Como líder, tenho de ter calma para avaliar. Quem não estiver no melhor momento, claro que não vai iniciar o jogo. Não posso julgar jogadores por causa de um dia ou de uma falha, assim como não gosto de ser julgado também. Tenho de avaliar e escolher o melhor time para domingo”, prometeu.
A partida de domingo também coloca em jogo o futuro do técnico Maurício Barbieri. Em entrevista à Sagres 730, o presidente Marcelo Almeida chegou a definir a permanência do treinador como a “pergunta de 1 milhão de dólares”. Sobre ter o cargo em xeque, o treinador disse que o seu trabalho não pode ser analisado em uma partida apenas.
“Se a questão avaliada é o resultado, é uma maneira de pensar. Agora se é o trabalhar, tem de ser analisa de uma forma mais profunda. O meu desejo é ser campeão. Foram 12 equipes que iniciaram a competição. Eu não posso dizer que uma campeã e as outras 11 que não valem nada. Temos de avaliar as coisas com critério e com justiça. Estamos fazendo um bom trabalho. O campeonato não acabou ainda. Não me preocupa a segunda-feira. O que me preocupa é organizar a melhor equipe para conseguir o resultado que a gente precisa”, concluiu.