É menor a quantidade de chuvas em Goiás durante no período chuvoso deste ano, em comparação com o ano passado, o que reflete no nível das bacias do Rio Meia Ponte, responsável pelo abastecimento de grande parte da população da Região Metropolitana de Goiânia. Várias medidas foram anunciadas e estão em decretos assinados pelo governador Ronaldo Caiado, com o intuito de priorizar consumo humano de água. As ações são de curto, médio e longo prazo. Entre as medidas está a verificação dos usos existentes na bacia, para identificar o uso irregular.

A Saneago tem autorização para captar até 2,3 mil litros por segundo e outros 824 litros por segundo são autorizados a outros usuários. Em 2017, o Meia Ponte chegou a ficar seco no ponto de captação de água, na região noroeste de Goiânia, a Saneago conseguia captar apenas 800 litros por segundo. O governo não sabe quanto se retira de água do Meia Ponte.

A secretária de Meio Ambiente, Andreia Vulcanis, explica que ainda não estão definidos os níveis de alerta e críticos, mas que a medida que a situação for se agravando será enviado comunicados para adotar medidas.

Uma das medidas no decreto é orientar os agricultores no cumprimento da restrição de captação de água e implementar medidas de apoio aos agricultores, visando a melhoria da eficiência no uso da água nas atividades agropecuárias. O decreto determina a Saneago a redução de perdas no sistema, que hoje em Goiás gira em torno de 30% e na capital, em torno de 20%. O presidente da Saneago, Ricardo Soavisnki, descreve como as medidas poderão impactar na região metropolitana. Há regiões de Aparecida e Trindade vão faltar água, assim como todos os anos.

“Com a interligação, já traz uma garantida maior” afirmou. “São mais 800 litros no sistema meia ponte até onde a água vai chegar. Tem regiões de Aparecida que não chega ainda e vai precisar do linhão central que está sendo licitado e será normalizado mais pra frente”.

O governador Ronaldo Caiado espera que haja uso consciente por parte dos consumidores na bacia do Rio Meia Ponte. Ele destaca que o trabalho desenvolvido é preventivo e ajudam as pessoas a se programarem.

O Estado iniciou estudos para utilização de outros mananciais para abastecimento de água. São rios que estão situados até 60 km de Goiânia e até 40 km de Anápolis. A ideia é que captações sejam feitas para garantir o abastecimento pleno na região metropolitana da capital e em Anápolis.