Foto: Rubens Salomão / Sagres Online
O governo de Ronaldo Caiado fechou acordo com deputados estaduais que garantiu a aprovação nesta terça-feira da proposta de emenda à Constituição que aumenta o orçamento impositivo. O governo queria manter o índice de 0,5% da receita corrente líquida destinada a emendas parlamentares, mas cedeu por conta das articulações para desmobilizar a formação do centrão, um grupo que chegou a ter 14 parlamentares e que ameaçava a formação da base aliada.
Em entrevista à Sagres nesta quarta-feira, o líder Bruno Peixoto, do MDB, afirmou que a bancada governista tem 26 deputados, mas admite que esse número pode variar dependendo do tema em discussão e votação. O deputado admitiu que a base será flexível, apesar de evitar usar essa expressão. “Será uma bancada de diálogo permanente. O governo não vai impor sua vontade”, disse o líder. O deputado afirmou que será natural que membros da base tenha posições contrárias a projetos governistas quando eles foram contrários a interesses dos setores os quais representam.
Citou como exemplo a reprovação de nomes indicados pelo governo para o Conselho Estadual de Educação. Na semana passada dois nomes, incluindo o de uma prima do governador Ronaldo Caiado, foram reprovados por votos de membros da base sob alegação de suposta defesa de “ideologia de gênero”. Nesta terça-feira (30) o nome da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) Bia Lima também foi rejeitado pelo mesmo argumento.