Políciais civil cumprem mandados em prédio do Ipasgo no Setor Pedro Ludovico (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Policiais civis da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), com apoio da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO), deflagraram nesta segunda-feira (1º) a primeira fase da Operação “Morfina”.
Os alvos da operação são empregados da empresa GT1 Tecnologia, que presta serviços terceirizados ao Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo).
Segundo as investigações, os suspeitos se valiam de suas funções no Setor de Tecnologia de Informação do instituto para praticar uma série de fraudes, que beneficiavam ilegalmente prestadores de serviços como médicos, clínicas, laboratórios e hospitais, e causavam enorme lesão ao erário. O prejuízo ao Ipasgo, de acordo com a polícia, pode superar a casa de milhões de reais.
Ainda segundo a polícia, foram cumpridos 8 (oito) mandados judiciais de afastamento das funções públicas, 4 (quatro) mandados de busca e apreensão e 6 (seis) de intimações simultâneas.
As medidas fazem parte de um inquérito policial que investiga supostas práticas de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
Por meio de nota, a gestão do Ipasgo afirma que “vê com muita tristeza os fatos investigados na Operação Morfina”, e que os indícios de um “esquema milionário” são “estarrecedores”. No documento, o Ipasgo diz ainda que “as investigações se referem a ações praticadas por colaboradores de empresa de tecnologia que presta serviço ao órgão desde agosto de 2011” , e que “defende e apoia toda medida de combate à corrupção”.
Confira a nota do Ipasgo na íntegra
“A atual gestão do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) vê com muita tristeza os fatos investigados na Operação Morfina, deflagrada nesta segunda-feira (1/7) pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) e Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO). Os indícios de um esquema milionário de fraudes, em operação há muitos anos, são estarrecedores.
O Ipasgo informa que tem dado integral apoio ao excepcional trabalho de auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e de investigação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), por meio da Polícia Civil do Estado de Goiás, e espera que todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados e os responsáveis sejam devidamente punidos.
Importa esclarecer que as investigações se referem a ações praticadas por colaboradores de empresa de tecnologia que presta serviço ao órgão desde agosto de 2011.
A nova gestão do Ipasgo defende e apoia toda medida de combate à corrupção por entender que tais irregularidades podem colocar em risco a sustentabilidade do plano e, consequentemente, o atendimento à saúde de milhares de cidadãos goianos.
Acrescente-se que em consonância com as diretrizes de austeridade, moralização e profissionalização da administração pública estabelecidas pelo atual Governo de Goiás, medidas de Compliance Público vêm sendo implementadas no Ipasgo, desde o início de 2019, como vacina contra atos de corrupção na instituição pública.”
Também por meio de nota, a empresa GT1 Tecnologia informa que “não é alvo de investigação e está contribuindo com as autoridades para a elucidação dos fatos” e que “oito empregados são investigados pela prática de desvios de conduta na prestação de serviços terceirizados para o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo)”.
Confira a íntegra da nota da GT1
“A respeito da Operação Morfina, deflagrada nesta segunda-feira (1/7) pela Polícia Civil, a GT1 Tecnologia esclarece que não é alvo de investigação e está contribuindo com as autoridades para a elucidação dos fatos.
Segundo informado pela polícia e pelo Judiciário, oito empregados são investigados pela prática de desvios de conduta na prestação de serviços terceirizados para o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo). A empresa esclarece que todos eles já foram devidamente afastados de suas funções administrativas junto ao Ipasgo e acompanha o desenrolar da investigação para tomar as medidas cabíveis.
A GT1 Teconologia foi contratada pelo Ipasgo em processo licitatório para oferecer ao órgão mão-de-obra terceirizada nas áreas administrativa e de tecnologia da informação, não realizando a gestão dos respectivos serviços.
A GT1 presta serviços ao Ipasgo há mais de oito anos e é a primeira vez que alguns de seus empregados têm a conduta questionada por meio de investigação policial. A prestação de serviço não será comprometida, havendo imediata reposição de cada um dos postos de trabalho alvos da investigação.
A GT1 Teconologia é um grupo genuinamente brasileiro composto de profissionais com mais de 15 anos de experiência nas áreas de gestão, tecnologia e atendimento. Hoje estamos entre as maiores empresas de tecnologia do Estado de Goiás, com projetos e profissionais alocados entre administração, TI e atendimento nas regiões Centro Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste.”
Atualizada às 20h32