O cirurgião cardiovascular que estiver no local de trabalho e recusar a atender um caso de emergência poderá responder criminalmente e até ser preso em flagrante. Já os pacientes que não forem atendidos serão encaminhados ao Hospital das Clínicas ou o Hospital Geral de Goiânia. A medida foi decidida durante reunião entre o Ministério Público e as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual.
Ministério Público
O promotor Marcelo Celestino ressaltou que os casos de urgência serão avaliados por uma equipe de profissionais. “No caso de recusa do profissional médico em atender o paciente que pode vir a óbito, vai ser chamada a polícia para prender em flagrante por crime de omissão de socorro e todas as outras mortes serão apuradas por homicídio”, salientou.
Segundo o Ministério Público apenas um cirurgião cardiovascular está atendendo no Estado, os demais estão paralisados em virtude da tentativa de um reajuste no valor pago pelas cirurgias realizadas. A equipe recebe cerca de R$890,00 por procedimento, a categoria reinvidica um aumento para R$ 6 mil.
Secretaria de Saúde
A Secretária Estadual de Saúde, Irani Ribeiro, declarou que o valor pago segue uma tabela nacional feita pelo Ministério da Saúde e ainda informa que na próxima terça-feira (28), o Ministério deve apresentar uma proposta de aumento para R$ 3 mil por cirurgia.
“O Ministério há muito tempo trabalha em valores e aumento de tabela para que seja um pagamento a nível nacional. Agora já chegaram a um número e vão fazer uma proposta para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardíaca com a condição de que os profissionais retornem ao seu trabalho. E a orientação e que nem os Estados e Municípios poderão fazer complementação”, esclareceu a secretária.