A psicopedagoga Carmem Pereira sofreu em dobro com o sarampo durante a infância das filhas (Foto: Reprodução/TV Sagres)

Vinte anos depois do último caso confirmado de sarampo em Goiás, a doença volta a preocupar diante das taxas cada vez mais baixas de imunização da população mais jovem. Por conta disso, um plano de contingência foi lançado pela Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS), como explica a diretora de Vigilância Epidemiológica da Pasta, Divânia França. 

“Estamos em um risco eminente de reintrodução do sarampo. Inclusive nós estamos com caso altamente sugestivo de infecção pelo vírus. A gente está aguardando única e exclusivamente a realização de uma segunda coleta para confirmar que realmente esse indivíduo está com sarampo”, explica. 

Na faixa etária de crianças entre um e cinco anos, 85% receberam a vacina. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95%. Nos mais velhos, de 15 a 29 anos, só 36% receberam a vacina contra o sarampo. 

“Como o município de Goiânia é o que desde 2014 tem mantido baixas taxas de cobertura vacinal, a gente tem essas duas possibilidades. Pessoa que esteja com a doença sendo introduzida de um município onde as pessoas não estão vacinadas”, afirma. 

A avaliação de especialistas é confirmada na vivência de quem encarou o sarampo de frente. As duas filhas da psicopedagoga Carmem Pereira tiveram a doença. “Nós não tínhamos muito entendimento do que era doença, e o que passavam para nós era só medo. Podia morrer, podia ter a sequela de ficar cega, então era isso a gente tinha. Eu tive duas filhas e as duas tiveram ao mesmo tempo”, relembra.

Confira na reportagem de Rubens Salomão

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