Branco – Seleção Brasileira (Lucas Figueiredo)

A CBF passou por muitas mudanças desde que Rogério Caboclo assumiu o comando máximo da entidade. Entre elas, o retorno de Branco como coordenador das categorias de base da Seleção Brasileira. Protagonista no tetracampeonato mundial do Brasil em 1994 como jogador, o gaúcho de Bagé ocupou a função na década passada em um período vitorioso, e há oito meses voltou ao cargo.

Branco foi entrevistado no programa K é Nacional após o amistoso entre Brasil e Chile em preparação para a Copa do Mundo sub-17, que será realizada, entre outras praças, em Goiânia. Considerando o momento recente ruim da Seleção na base, o dirigente ressalta que “não é fácil mudar da noite para o dia e demanda tempo, mas as coisas estão melhorando. As equipes estão começando a ficar bem estruturadas, teve resultados, já ganhamos o Torneio de Toulon, que é importante para o sub-23”.

Sobre o retorno à CBF, destaca que “para mim é importante, pelo meu histórico dentro da Seleção, por já ter trabalhando entre 2003 e 2007 aqui. O presidente Rogério (Caboclo) me chamou para voltar e dar uma organizada na casa. O futebol não tem mistério. Logicamente que hoje tudo evoluiu, em questão de nutrição, parte física, mas de resto temos que recuperar a essência do futebol brasileiro, e esse é o grande objetivo que tenho juntamente com todos para botar essa garotada para jogar bem e formar grandes seleções”.

Seguindo o grupo comandado por Guilherme Dalla Dea no sub-17 na capital de Goiás, Branco frisa que “é um processo. Outro dia fizemos uma reunião na Granja (Comary) que até o Parreira deu uma declaração dizendo que nunca tinha visto em 50 anos de Seleção como a que fizemos. Convidamos ele como convidado de honra pelo histórico, o seu Américo Faria também, e reunimos do Tite ao treinador da sub-15”.

“Discutimos a metodologia, de perfil de atleta para a seleção, enfim, acho que estamos no caminho certo. Sei que não é fácil, mas também não é difícil, porque a CBF te dá estrutura e todo dia surge um craque. O negócio é que essas joias precisam ser bem lapidadas. Não adianta querer formar robô para vender para a Europa, temos que formar aquilo que sempre tivemos com Zico, Romário, Bebeto, Gérson, Pelé, Tostão, Rivellino, Ronaldo, esses caras que deram alegria e tiveram sempre a capacidade individual de definir jogos”, completa.