Em visita a Goiânia nesta quarta-feira, o candidato a presidência da República pelo PCB, Ivan Pinheiro, afirmou que sua campanha até agora tem sido muito mais política do que eleitoral. Segundo ele, o partido preferiu não participar de nenhuma coligação para manter a coerência política que pregam.

“Nós colocamos candidatos próprios no Brasil todo, não tem nenhuma coligação, portanto isso não gera dentro da matemática eleitoral a possibilidade de eleição de parlamentares”, reconheceu. “Nós optamos por isso porque a outra opção seria nos descaracterizarmos, abrirmos mão do nosso patrimônio principal que é a coerência política, e nos encostarmos em um partido grande para elegermos um deputado aqui, e outro acolá”, declarou o presidenciável.

Ivan criticou a campanha presidencial para 2010, que, segundo ele tem sido enfadonha e sem emoção.”Uma campanha de marketing na televisão, uma campanha em que os candidatos dizem coisas que nem sempre acreditam, porque quem dita o discurso dos candidatos chamados maiores são os marqueteiros”, atacou.

Plano B

O comunista revelou que a candidatura à presidência foi uma espécie de plano B, e que o desejo era formar um grupo de esquerda maior. “Nós queríamos uma frente de esquerda muito mais ampla, inclusive com as fronteiras do PCB, do PSOL, do PSTU, do PCO, para nós isso ainda era pequeno para enfrentar essa bipolarização artificial que se criou”, comentou. Ele admitiu que a esquerda  no Brasil ainda não tem tradição eleitoral.

Ivan participou de uma caminhada no centro de Goiânia, e lançou o livro “Um olhar do comunista”. Ele também se reuniu com integrantes do PCB, entre eles a candidata ao governo de Goiás, Marta Jane. “A perspectiva é de apresentar uma proposta alternativa, de esquerda, de construçao socialista pro Brasil e para o estado de Goiás. A vinda dele contribui pra gente ampliar esse debate”, comentou Marta Jane.