Foto: Alego/Divulgação

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Henrique Arantes falou sobre o fato de ter sido expulso do PTB. O motivo é por fazer oposição ao governo de Ronaldo Caiado (DEM), cujo estopim foi a ausência na votação do decreto de calamidade financeira, ocorrida em janeiro.

“Tomei ciência da minha expulsão no dia 10 ou dia 8 desse mês, oficialmente expulso”, afirma. “A justificativa foi o decreto de calamidade financeira, que foi votado aqui, no começo de janeiro, a executiva do partido reuniu, fechou questão, e eu, por motivo pessoal, não pude estar presente na hora da votação e aí eles acharam por bem me expulsar”, contextualiza o deputado.

Segundo Henrique Arantes, o destino deve ser o MDB do ex-deputado federal Daniel Vilela, que também faz oposição ao governo e preside a sigla em Goiás. “A chance é muito grande, é o meu desejo, mas nós vamos reunir os nossos aliados, nossos prefeitos, vereadores, as pessoas que me acompanham, na segunda-feira (23) e conversar com todos, explicar toda a história, a maioria já falei por telefone, mas vamos conversar pessoalmente, e levantar as possíveis hipóteses. Eu acredito que o melhor caminho é o MDB”, argumenta.

Ainda de acordo com Henrique Arantes, o ex-deputado federal e pai dele, Jovair Arantes, que preside o PTB em Goiás, também deve ser expulso. “Eu acredito que deva ser expulso, porque o diretório do partido quer apoiar o governo Caiado e ele também não quer apoiar o governo Caiado”, relata.

Questionado sobre o PTB nacional, presidido por Roberto Jefferson, Henrique Arantes diz que foi vítima de traição dentro da própria legenda. “A gente não pode confiar num egresso do sistema prisional, e deu uma rasteira, uma traiçoeiragem (sic) e está querendo mudar o comando do partido como um todo, logo em cima do (ex) deputado Jovair que foi quem construiu esse partido. Então, o que a gente pode fazer?”, questiona.

Henrique Arantes diz que, caso seja confirmada a saída para o MDB, o PTB será esvaziado. “Se esse for o caminho, nós vamos secar o PTB, vamos secar o partido e não vai ficar praticamente ninguém. E aí a executiva nacional do PTB que acredita que tem que oxigenar o partido, tem que aproximar da base do Caiado, se isso de fato acontecer, nós saímos, vamos levar a maioria das lideranças e vamos ver se eles dão conta de construir um partido”, ataca.

Por fim, o parlamentar foi perguntado sobre o líder do governo estadual na Assembleia, deputado Bruno Peixoto, que também é do MDB. Henrique Arantes acredita que a sigla dá liberdade para decidir sobre ser oposição ou situação. “O MDB vai ter uma voz de oposição aqui dentro”, conclui.