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Foram presos nesta manhã (26) o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda, seu pai, José Edmar Brito Miranda, e seu irmão, Brito Miranda Júnior durante a operação “12º Trabalho”. Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que teria causado prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos. A ação de hoje, busca interromper a continuidade do crime de lavagem de dinheiro.
Mesmo depois das investigações se tornarem públicas, o grupo prosseguiu realizando operações simuladas envolvendo comércio de gado de corte, empresas de fachada e construção e venda de imóveis, tudo para esconder a natureza e localização de bens.
As provas reunidas na ação penal, resultado da Operação Reis do Gado, mostram que os suspeitos atuam de maneira orgânica e sistematizada com divisão de tarefas e os atos são minuciosamente planejados para assegurar o produto dos crimes. Os investigados também agem no curso do processo, manipulando provas, por falsificação de documentos e compra de depoimentos, com o claro objetivo de tumultuar e dificultar as investigações.
Os investigados praticavam atos de lavagem de dinheiro utilizando “laranjas” para dissimular a origem ilícita de bens móveis e imóveis, frutos de propinas em troca de favores a empresários dos diversos ramos de atividade que mantinham contratos com o poder público.
A operação
O nome da operação faz referência ao 12º Trabalho de Hércules, seu último e mais complexo desafio, que consistia em capturar Cérbero. Aproximadamente 70 policiais cumprem 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, expedidos 4ª Vara Federal de Palmas/TO, nas cidades tocantinenses de Palmas, Tocantínia, Tupirama e Araguaína, além de Goiânia/GO, Santana do Araguaia/PA, Sapucaia/PA e São Felix do Xingu/PA.