Ao desembarcar em Goiânia nesta quarta-feira (13), depois de acompanhar a assinatura do acordo entre governo federal e Estado para salvar a Celg, o secretário da Fazenda, Célio Campos, detalhou a operação que permitiu estruturar a dívida da empresa. A União entrou como garantidora do empréstimo de R$ 3,728 bilhões a ser feito pela Caixa Econômica Federal (CEF).

De acordo com Célio Campos, a primeira parcela, de R$ 1,2 bilhão, deverá entrar no cofre do governo estadual já em novembro e será utilizada para quitar dívidas com o setor elétrico. A segunda, de R$ 1,5 bilhão, chegará em janeiro de 2011 e terá como principal destino o pagamento de débitos tributários. Já a terceira, de R$ 1,028 bilhão, aportará em janeiro de 2011 e também será usada para aplacar dívidas com o setor elétrico.

As condições da operação, ainda segundo o secretário, são as seguintes: dois anos de carência e 20 anos para quitar o empréstimo, com juros de 0,8% ao ano acrescido de correção pela TJLP.

Célio Campos esclareceu que, além dos R$ 3,728 bilhões do contrato principal, a CEF fará um empréstimo extra de R$ 700 milhões diretamente à Celg. Esses recursos serão utilizados para pagar a dívida da companhia com o Estado e, por tabela, com as prefeituras. O governo de Goiás, em contrapartida, assumiu o compromisso de quitar esse empréstimo com parte dos recursos a serem recebidos na segunda parcela.

O acordo prevê ainda que a gestão da Companhia Celg Participações (CelgPar) seja compartilhada com técnicos da Eletrobrás. “É uma tentativa de blindar a gestão da empresa, para que ela não tenha mais problemas como esses”, declarou.