(Foto: Reprodução)
A formação de um canal de umidade vindo da Região Norte do País, mas especificamente da Amazonas, em direção ao sudeste provocou as intensas chuvas neste fim de semana no sul de Goiás. Em entrevista à Sagres nesta segunda-feira (6), o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), André Amorim explicou que com o deslocamento do canal de umidade, os alertas de chuvas intensas se deslocaram para municípios do centro-norte de Goiás, como São Miguel do Araguaia, Luiz Alves, Porangatu, Minaçu e Uruaçu.
Pontalina foi o município onde choveu mais intensamente. Em apenas um dia choveu 192 milímetros por segundo (mm/s). Para se ter uma ideia a média mensal na cidade é de 250 mm/s, informou o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas da Semad. Em Morrinhos, vizinho de Pontalina, choveu 44 mm/s. Em Anápolis a precipitação pluviométrica chegou a 82 mm/s neste fim de semana.
De acordo com André Amorim, desde o ano passado há uma deficiência pluviométrica, ou seja, esteve abaixo da média climatológica. “Em Goiânia, por exemplo, o período chuvoso iniciou só em outubro algo em torno de 46% da média, novembro foram 25% e dezembro também em torno de 25% abaixo da climatologia, então outros municípios também ficaram acometidos”, explicou. “Iniciamos o verão, que infelizmente tem essa situação de chuvas irregulares, isso melhora o volume de água, mas as chuvas podem vir bastante concentradas em alguns locais”.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) está implantado um programa para obter informações mais detalhadas de medições de volume de água, segundo o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas. “Essa situação de déficit pluviométrico praticamente repetiu em quase todas as localidades em proporções diferentes, mas na grande maioria dos municípios, ficaram abaixo da climatologia”, detalhou. “Estamos numa situação também, há estudos que apontam um déficit pluviométrico durante anos, então se iniciou há quatro anos, que acomete a questão de abastecimento público, então estamos numa curva descendente, ou seja, uma situação que está se repetindo e não há um prognóstico de quando vai parar”.
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