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Em uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa e Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2017, Goiás se encontra na quinta posição do Ranking brasileiro com altos índices de violência doméstica. A fim de amenizar esses acontecimentos e ajudar as mulheres, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), oferece serviços de acolhimento institucional para mulheres vítimas de violência doméstica ou nas relações íntimas de afeto com o risco de morte, em um local sigiloso, chamado de Casa Abrigo Sempre Viva.

O espaço tem o objetivo de amparar, proteger e fortalecer essas mulheres, oferecendo assistência psicológica, social e jurídica a elas e seus filhos. O trabalho é desenvolvido de forma que as abrigadas conheçam os seus direitos, ampliem a consciência sobre relacionamentos afetivos saudáveis e retomem suas vidas seguras e, se possível, já inseridas no mercado de trabalho.

Terapia

As crianças possuem prioridade de vagas nos Centros Municipais de Ensino Infantil (Cmeis), assim como os adolescentes no ensino fundamental e médio, onde são acompanhadas nestas instituições pelo período de permanência na casa abrigo. Ações como rodas de conversa, terapia ocupacional, dia da beleza e leitura ajudam essas mulheres a reconstruírem seus laços familiares e de amizade, em geral dilacerados após se afastarem de casa por medo do agressor.

Elas são encaminhadas após escutas e triagem pelas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam). Em Goiânia, existem duas Deam’s, uma na região central , a 1ª Deam, localizada na Rua 24, nº 203, e outra na região noroeste, a 2ª Deam, localizada na Avenida do Povo com Rua E, Qd. 10, Lt. 101, no Jardim Curitiba.

Balanço

Quando entram na Casa Abrigo, precisam seguir regras de convivência, acordadas antes da entrada da família, a fim de proteger todos que lá vivem. No ano de 2019 foram feitos 30 abrigamentos de mulheres (sendo duas gestantes) e 20 dependentes. Além disso, foram feitos 52 acompanhamentos na área da saúde, 12 acompanhamentos na área da educação, 5 encaminhamentos para curso de qualificação profissional, 11 serviços para obtenção de documentação e 3 passagens de retorno as suas cidades de origem.

Foram realizados, ainda, com as abrigadas, 130 encontros para terapia ocupacional: artesanato, rodas de conversa, culinária, dia da beleza, colagem, ateliê e leitura. A equipe interdisciplinar faz o acompanhamento de 28 mulheres que já adquiriram autonomia emocional e financeira e já foram desligadas da casa abrigo. O acompanhamento após o abrigamento tem duração de três meses.

Resgate

Para a secretária da Mulher, Ana Carolina Almeida, a casa abrigo oferece as mulheres condições para retomar o curso de suas vidas. “Além da proteção, fazemos ações para resgatar a auto-estima, autonomia e perspectiva de mudança de vida”.

Canais de atendimento para mulheres vítimas de violência A Lei Maria da Penha estipula quatro tipos de violência doméstica, são elas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Para as mulheres que sofrem um ou mais desses tipos de violência doméstica e/ou familiar existem canais de atendimento como o Disque 180, que é um serviço gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, que funciona 24 horas, todos os dias, inclusive finais de semana e feriados e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil.

Disque Denúncia

• 153 – Mulher Mais Segura (Guarda Civil Metropolitana)
• 190 – Patrulha Maria da Penha (Polícia Militar)
• Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – 1ª DEAM -Endereço: Rua 24, nº 203, Centro -Fones: 3201-2801 / 2802 / 2807 / 2818 /2820
• Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – 2ª DEAM (Região Noroeste) Endereço: Av. do Povo com Rua E, Qd. 10, Lt. 101, Jardim Curitiba
Fones: 3201-6344 / 3201-6332 /3201- 633