Enquanto nos Estados os diretórios regionais se consideram liberados para definir qual caminho seguir, no plano nacional o PV e a ex-candidata Marina Silva preferiram se manter “independentes”. Em carta aberta a Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a terceira colocada no primeiro turno mostrou que esperava maior comprometimento dos presidenciáveis com o plano de governo verde.

“Embora mostrem afinidade, gostaríamos que avançassem em clareza e profundidade com as nossas propostas”, afirmou Marina, durante convenção em São Paulo neste domingo (17). A candidata criticou a polarização entre PT e PSDB e evitou usar a palavra “neutralidade” para definir seu posicionamento. “O fato de não ter optado por um alinhamento não significa neutralidade. A posição de independência é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro”, disse a ex-candidata. O empresário Guilherme Leal, ex-vice na chapa de Marina, acredita que a posição independente permite “criticar quando for preciso e apoiar quando necessário”.

O partido acompanhou a decisão de Marina: em votação simbólica, apenas quatro pessoas defenderam apoio a algum dos presidenciáveis. Entre os apoiadores da ex-ministra, já há quem pense em nova candidatura. “Não é o fim (essa convenção). É o começo… 2014, Marina presidente”, adiantou a pastora Valnice Milhones, da Igreja Nacional Senhor Jesus Cristo.

Nos Estados a situação é diferente. Em Goiás, por exemplo, o presidente regional do PV, Paulo Souza, já anunciou apoio ao candidato Marconi Perillo (PSDB).