O Tenente Coronel Guerra, em entrevista a RÁDIO 730, declarou que o autor dos disparos foi um policial aposentado que presta serviços para o Atlético Clube Goianiense: “O serviço de inteligência da Polícia Militar já localizou a residência dele e nós estaremos conduzindo, na primeira oportunidade, à corregedoria para que possa ser tomado seu depoimento e ser feita a apreensão de sua arma de fogo. Depois será encaminhado a Polícia Civil para que possa ser tomada as medidas criminais”, explicou o Tenente Coronel.
Sobre as especulações que membros da diretoria do Atlético estariam envolvidos na briga, o tenente disse que, após apuração feita dos vídeos do incidente, concluíram que nenhum dirigente estava envolvido. Ele ainda afirmou que, a quantidade de policiais no estádio foi adequada para o público presente no estádio:
“O policiamento que tínhamos lá era suficiente para fazer o serviço. O que aconteceu foi que nós embarcamos o pessoal para sair no sentido Brasília e já havia passado mais de 40 minutos após o término do evento quando começou a briga. Ontem, quando começou a confusão, tinha uma viatura e um trio de cavalaria em cima da rampa, porque a nossa chamada é prevista para acabar de 40 minutos a uma hora depois do término do evento”, declarou.
Comercialização de bebidas alcoólicas
O Tenente Coronel Guerra credita parte dos acontecimentos violentos à livre comercialização de bebidas alcoólicas nos arredores do estádio. Segundo ele, já foi cassada a liminar de oito bares dentro do estádio e eles estão tentando proibir a venda no estacionamento do Serra Dourada:
“A PM já solicitou ao pessoal da prefeitura de Goiânia, porque está na lei municipal, camelô não pode vender bebida alcoólica. Amanhã teremos uma reunião para traçar novas linhas de ações em relação a bebida alcoólica. Se não tiver nova liminar até sábado, oito bares dentro do estádio não abrirão mais. Os demais como tem uma liminar, não temos como obrigá-los a não vender. Mas também, estaremos observando junto ao ministério publico e a procuradoria geral do estado, para que também revoguem essas outras liminares”, declarou o policial.
Ajuste de conduta
Segundo o Tenente Coronel Guerra, a polícia militar quer colocar em prática um termo de ajuste de conduta para evitar a entrada de torcedores menores de 14 anos sem a companhia dos pais ou responsáveis, em jogos vespertinos, e menores de 16, em jogos noturnos. Para ele, isso evitaria muitas confusões:
“Os líderes das torcidas organizadas são todos maiores de idade, mas quem provoca toda situação são os menores coordenados por esses maiores”, explicou o policial.
Presença de meninas nas organizadas
A Polícia Militar vem acompanhando o aumento do número de garotas junto às torcidas organizadas. Segundo o Tenente Coronel Guerra, o Ministério Público e o Juizado de Menores estão informados de que essas meninas estão entrando no estádio com drogas escondidas:
“ Elas passam com as substâncias, em determinados locais, com dez, 15 pedras de crack. Os bandeirões foram proibidos por causa da cocaína, quando aquela bandeira subia. Nós fazemos uma busca pessoal visando encontrar armas de fogos, fogos de artifício, porque não temos o dia todo para fazer um pente fino. Porque, principalmente, essa torcida organizada chega em cima da hora”, finalizou o policial.