O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou na última quinta-feira (19) estado de emergência em todo o país em decorrência à pandemia do coronavírus que se alastrou e faz vítimas principalmente na Europa. No documento, várias medidas que limitam algumas ações dos cidadãos portugueses e até dos turistas que continuam na cidade.
Por isso, assim como acontece no Brasil, muitas atividades estão sendo limitadas no país. Em entrevista à Sagres 730 o goleiro Mateus Pasinato, ex-Vila Nova e que hoje defende o Moreirense da cidade de Guimarães, contou como está sendo a rotina em solo português com as limitações feitas pelo Governo.
Mateus Pasinato atuando pelo Moreirense (Foto: Reprodução/Instagram)
“Tem algumas restrições para você poder sair de casa, o país decretou estado de emergência, mas não está faltando itens básicos como alimentação. Supermercados, farmácias, postos de combustíveis e hospitais estão abertos. Locais que têm aglomeração de pessoas como bares, restaurantes, boates, igrejas, lojas estão todos fechados. Estamos aqui praticamente o dia todo em casa, minha esposa está de puerpério e ela é grupo de risco porque tem asma, então está totalmente em casa, então eu procuro fazer as coisas”, explicou.
Com as medidas, o jogador acabou vivendo um drama com o nascimento de sua filha Antonella que veio ao mundo no último dia 9 de março em Portugal. “Ela nasceu bem no início dessas regras impostas pela Defensoria Geral de Saúde daqui e já tinham decretado que o acompanhante que estivesse com a pessoa internada não poderia haver troca e se eu saísse do quarto minha esposa ficaria sozinha porque ninguém mais poderia entrar”.
Pasinato destacou que como os treinamentos no Moreirense ainda não haviam sido suspensos, o decreto acabou mudando seus planos. “Eu fiquei numa ‘sinuca de bico’ porque como minha sogra estava aqui, minha ideia era que ela ficasse durante a noite, eu treinaria pela manhã e depois ficaria com ela no período da tarde até o horário de dormir. Precisei avisar o clube porque os treinamentos ainda estavam acontecendo porque teria o jogo contra o Boavista no último domingo (15)”.
Mesmo em situação complicada, optou por acompanhar sua esposa e perder algumas atividades no clube que, mais tarde, acabariam suspensas.
“Expliquei a situação que depois que eu entrasse não poderia sair e eu não iria perder o nascimento da minha filha. Eu queria cortar o cordão umbilical, nós estamos em outro país, uma outra cultura, outro método de ser grávidas serem tratadas então minha família precisava de mim naquele momento e eu escolhi minha família. Isso aconteceu na segunda-feira (9) e na terça-feira (10) decretaram que nosso jogo contra o Boavista seria de portões fechados, mas na quinta-feira (12) os treinamentos e as competições foram suspensas”, revelou o goleiro que ainda não conseguiu registrar a segunda filha.
O Campeonato Português foi paralisado faltando apenas dez rodadas para ser encerrado e com o Moreirense na oitava colocação. Segundo Mateus Pasinato, assim como no Brasil em relação aos estaduais, a competição não tem data prevista para ser retomada.
“Previsão nós não temos, mas o Moreirense nos dá auxilio com materiais para que a gente possa treinar em casa. A gente tenta da melhor forma possível manter o condicionamento físico para se o campeonato for retomado, sentir o menos possível. Claro que não é a mesma coisa, é uma situação única e nós estamos treinando em casa. Faltam 10 rodadas para a competição acabar, então a gente fica na expectativa que possa retornar e ter jogo dia de quarta e sábado, quarta e domingo, que não é muito comum aqui, para manter o planejamento para a próxima temporada. A Liga ainda não se pronunciou, o país está em estado de emergência e estamos de quarentena até dia 4 de abril. A partir desta data vamos ter alguma definição”, pontuou.
Vila Nova
Mateus Pasinato defendeu o Vila Nova em 2018 (Foto: Comunicação/VNFC)
Goleiro do Vila Nova na temporada de 2018, Mateus Pasinato fez 47 partidas com a camisa colorada. Foi um dos nomes importantes do time que brigou na parte de cima da tabela na Série B daquele ano. À Sagres 730 ele destacou o carinho pelo clube e disse que continua acompanhando o Tigre mesmo estando em Portugal.
“Tenho mantido contato, estou acompanhando sempre o Vila. É um clube que eu aprendi a gostar, torcida e história, eu fui muito feliz, é um trecho muito bacana da história do Vila Nova e quer marcou muito a minha carreira. Faço questão de sempre acompanhar, vi que o Bolívar está há um tempinho como treinador e estão reformando o OBA. O Vila não merece estar na Série C, o clube tem que pensar na Série A e se planejar, como quase aconteceu conosco em 2018, em 2017 e 2008. A história do Vila é muito grande para estar na Série C. Estou aqui na torcida para que esse ano consiga o acesso e logo alcance pela primeira vez a Série A”, analisou.
Ouça na íntegra a entrevista de Mateus Pasinato à Sagres 730:
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