Servidores demitidos da HP protestam contra decreto do governador Ronaldo Caiado (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Concessionária do sistema de transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia, a HP Transportes confirmou nesta sexta-feira (27) a demissão de motoristas de ônibus que estavam em contrato de experiência. “A empresa informa, com pesar, que desligou 25 motoristas do serviço CityBus 2.0, em término de contrato de experiência, até que a batalha contra o coronavírus seja vencida”, disse por meio de nota divulgada pela assessoria de comunicação.
A justificativa para a “difícil decisão” foi a queda de 85% dos passageiros e a consequente perda de receita. A empresa decidiu se manifestar depois que começou a circular um vídeo nas redes sociais e em grupos de WhatsApp com protesto dos trabalhadores demitidos.
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<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Servidores demitidos da HP protestam contra decreto do governador Ronaldo Caiado <a href=”https://twitter.com/ronaldocaiado?ref_src=twsrc%5Etfw”>@ronaldocaiado</a> | Saiba mais no Sagres On <a href=”https://t.co/XPSxfvnU8x”>https://t.co/XPSxfvnU8x</a> <a href=”https://t.co/fEpmy8c0JK”>pic.twitter.com/fEpmy8c0JK</a></p>— Rádio Sagres 730 (@sagres730) <a href=”https://twitter.com/sagres730/status/1243674078092894210?ref_src=twsrc%5Etfw”>March 27, 2020</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
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Na nota, a HP afirma que cumpriu a orientação do governo estadual, por meio do Decreto 9.638, mantendo a operação do serviço para oferecer transporte público coletivo à população que ainda necessita se locomover, mas afirmou que “a receita auferida diariamente não tem sido suficiente sequer para o pagamento do óleo diesel.” A HP diz estar apreensiva com a situação, pois teme não conseguir cumprir suas obrigações. Observa estar “ciente de sua grande responsabilidade social e, acredita que com o poder público conseguirá atravessar essa crise.”
De acordo com informações da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) divulgadas na quarta-feira (25) as 287 linhas que operam em Goiânia e nos 18 municípios integrados sofreram uma redução na demanda de 85,20%, quando comparada com a registrada em 9 de março, uma semana antes do início do período de quarentena.
A demanda em dia útil nos primeiros dias de março foi de 521.630 passageiros. Na terça-feira (24) foram 77.180 mil. De acordo com a CMTC, essa demanda é inferior a de um domingo normal. O levantamento da companhia revelou que todas as 29 linhas de grande movimento operam com número de passageiro bem abaixo do normal.
Apesar da queda do movimento de passageiros as empresas estão operando com 100% da frota nos horários de pico. O juiz Gustavo Dalul Faria, da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, concedeu, dia 20, liminar determinando a circulação integral da frota nos horários de maior movimento (das 6 às 9 horas e das 17 às 20 horas).
A decisão atendeu a uma ação civil pública proposta pela Defensoria Pública do Estado de Goiás. É que a CMTC havia autorizado a redução de 20% da frota nos horário de pico no dia 19. Em 22 de março, os sindicatos das empresas concessionárias e dos trabalhadores aprovaram a paralisação do serviço, mas a medida foi vetada pela prefeitura de Goiânia.
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*Atualizada às 20h30 para acréscimo de informações