A cerca de 30 dias da eleição para a presidência da Câmara de Goiânia, vereadores da Casa mostram cautela quanto à disputa pela mesa diretora. Os parlamentares dizem que todos os 35 colegas têm condições de ser presidente do Legislativo, mas evitam apontar os nomes mais cotados.


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Mesmo cautelosos, vereadores já levantam algumas bandeiras que tentarão impor para nortear a eleição. Agenor Mariano (PMDB) defende que o partido continue no comando da Casa. Ele afirma que até o momento não observou interferência do prefeito Paulo Garcia (PT), do governador eleito Marconi Perillo (PSDB) e até mesmo do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) na disputa. “Eu não tenho percebido que – de fato – eles têm exercido algum tipo de influência”, disse, em entrevista ao repórter Frederico Jotabê, da RÁDIO 730.

Vice-presidente da Casa, o vereador do PSDB, Anselmo Pereira, diz que há um grupamento que defende uma Câmara autônoma, mas parceira dos Executivos Municipal e Estadual. Anselmo lembra que esse grupo, responsável por eleger o peemedebista Francisco Vale Júnior (PMDB) para a presidência da Casa, tem tido sucesso na gestão da Câmara.

Governador quer boa relação

Anselmo fala em declarações isoladas de colegas de partido sobre a interferência do governador eleito na disputa da Câmara e assegura que Marconi Perillo terá que se preocupar em ter um bom relacionamento com o Executivo municipal.

“Governador tem mais coisas para fazer, preparar o seu governo, o secretariado que a meu ver já é dor de cabeça o bastante. Mas ele também tem sua visão sobre o que é bom para a Câmara, afinal de contas, o governo é sediado aqui na capital e ele já deu sinais de que vai fazer grandes obras nos município”.

Discussão

Líder de um do grupo de oito vereadores considerado “independente”, Simeyson Silveira, do PSC, diz que o momento ainda é de muito debate. Nas conversas, ele afirma que seu grupo vai buscar ocupar maior espaço político.

“A tendência é de muita conversação. Vai depender muito de como vai entrar o Paço Municipal e o governador Marconi Perillo nesta questão e, com certeza, isso influencia. A conversa está aberta”, destaca.