O Vila Nova Futebol Clube divulgou na tarde desta quarta-feira (6) que adiou a data prevista para o retorno dos treinamentos para o dia 18 de maio, já que ainda não há indícios do retorno do Campeonato Goiano e nem do início do Campeonato Brasileiro da Série C. Esta é a terceira alteração que o Tigre faz na data de recomeço das atividades.
Em entrevista à PUC TV o zagueiro e capitão colorado Adalberto revelou o desejo de voltar a treinar, mas destacou que isso deve acontecer com medidas de precaução.
“Acredito que se fosse para voltar, precisaria ter algumas cautelas. No entanto eu não sou o mais apropriado para falar disso porque acredito que temos que deixar para os médicos resolver. Só que tomando os devidos cuidados, acho que deveria voltar sim”, disse.
Além de querer o retorno dos treinamentos, o atleta ressaltou também o desejo para que o Campeonato Goiano tenha continuidade. O torneio foi paralisado logo após a décima rodada, faltando duas para o término da primeira fase, com o Atlético líder e o Vila Nova na sétima colocação.  Por isso, na visão dele, seria justo o rubro-negro ser declarado campeão se a competição não voltar.
“Se não voltar, acho que seria o correto, até porque foi o que aconteceu na França com o Paris Saint Germain campeão. Todavia a gente precisa esperar, ver o que for decidido. Não adianta falar, porque quem vai decidir é a federação. Mas eu espero que volte o campeonato estadual porque vai ser muito bom para nós do Vila Nova”, destacou.
Redução salarial
O retorno das atividades não é a única questão que deve ser resolvida pela diretoria colorada nos próximos dias. Os atletas já foram procurados, mas ainda não há um acordo finalizado para uma redução salarial.
“Nós tivemos uma parte de acordo, de 25% a 30%, mas deixamos para resolver tudo mesmo quando nos apresentarmos. Sabemos das dificuldades, das condições do clube, e temos consciência também da postura do presidente que é um cara sério, honesto e sincero. O Hugo (Bravo) sempre foi muito aberto com a gente e temos apoiado ele para que possamos chegar a um acordo e tudo ser resolvido, tanto da parte do clube quanto dos jogadores”, explicou Adalberto.
O capitão também analisou a atual situação financeira do clube que, segundo ele, requer uma “flexibilidade” dos atletas neste momento de pandemia do coronavírus. O zagueiro concorda com uma redução salarial.
“Creio que sim. Até porque nós sabemos que o Vila Nova não tem as receitas que Atlético e Goiás têm. O Vila é só a parte da torcida e patrocínio, e nesse momento está tendo poucos patrocinadores e não tem a renda. Assim fica complicado. Mas como eu disse, a gente conversa para chegar um acordo do que for melhor para nós e o clube”, afirmou Adalberto à PUC TV.