Em entrevista coletiva após o encontro, que ocorreu na sede do partido, em Goiânia, o presidente do partido, Adib Elias, garantiu que não haverá caça às bruxas e não falou em expulsão caso o peemedebista aceite o convite para assumir a Secretaria de Educação no governo tucano, mas disparou:
“O PMDB goiano é oposição no Estado de Goiás. Se ele persistir em assumir, a executiva do partido fará novas reuniões para tentar definir o que tem que ser definido”, prometeu.
Para tentar demovê-lo da decisão, a legenda designou Flávio Peixoto, pai do deputado, para conduzir as conversações. No entanto, em entrevista, ele foi mais sutil ao comentar o assunto e acredita que a aceitação é uma decisão pessoal de Thiago.
“Estamos preocupados com o futuro de Goiás e o desenvolvimento do Estado. Entendo que o PMDB tem que contribuir, aprovando projetos e se surgir o convite, tem que ser pensado”, ponderou.
“Vou conversar com o Thiago e fazer ponderações, mas a decisão é dele”, complementou.
Sem justificativa
Principal líder do partido no Estado, o ex-candidato ao governo Iris Rezende foi cítrico e firme. Ele não falou após o encontro, mas antes da reunião disse não acreditar que o deputado aceite participar da equipe do governador eleito. “Ele formular o convite é uma coisa. O deputado do PMDB, que conosco esteve em uma campanha, tomar uma atitude contrária seria cuspir na cara do eleitor que deu o prestígio ao partido”, definiu.
“Ainda quero crer que se o deputado teve essa intenção, que ele reveja. Se ele persistir no erro, aí não tem justificativa”, acrescentou Iris.
Iris chegou a usar palavras duras para descrever uma possível participação do deputado pemedebista no governo tucano e afirmou que “política não se faz com brincadeira, mas com seriedade, lealdade e espírito público”.
“Não estamos discutindo aliança se até poucos dias os discursos eram totalmente diferentes. Está muito cedo para se pensar nisso. Isso vai dar uma idéia de oportunismo e até de traição”.