Produtores rurais fecharam na manhã de hoje (10), o trecho da rodovia GO-164 entre Mozarlândia e Nova Crixás. O objetivo é chamar a atenção da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) a respeito das condições das estradas que servem o Estado. Produtor rural da região, e um dos líderes da manifestação, Arnaldo Caiado, ressaltou que as condições das estradas na região tem atrapalhado muito a produção.
“Não tem como você produzir. Você faz o ponto inicial, você produz o gado, a carne, na hora que vai transportar não tem jeito, nem vem de carro aqui. Está toda esburacada, acabou a rodovia. Já pedimos para fazer pelo menos uma operação tapa-buraco, qualquer coisa nesse sentido, e até hoje nada”, disse Arnaldo, em entrevista à RÁDIO 730.
Segundo ele, o trecho ainda está interditado, mas deve ser liberado no final do dia. O congestionamento no local chega a 1 km nos dois sentidos. Somente ambulâncias estão trafegando. A Agetop prometeu mandar um representante amanhã até a região. “Fazemos a questão de que ele (representante da Agetop) venha de carro, se vier de avião, ou de helicóptero, não tem conversa”, declarou Arnaldo Caiado.
“Entre Mozarlândia a Nova Crixás são 78 KM. Você não anda 10 metros sem um buraco. Esse trecho dura 40 minutos, e estamos fazendo em 3 horas. O coitado do motorista perde toda a semana de trabalho com os prejuízos. Sem contar que carga perde, você manda boi para o frigorífico, e ele chega todo machucado, o prejuízo é geral. A região aqui tem um potencial turístico imenso, e ninguém vem”, detalhou o produtor.
Agetop divulga nota
Em nota a Agetop diz estranhar o movimento que culminou com a interdição momentânea da GO-164, próximo a cidade de Nova Crixás. Isso por estar sempre aberta a receber representantes de associações, sindicatos e entidades em geral, e por reconhecer que manter as rodovias em bom estado de conservação é sua obrigação.
No texto, a agência destaca que por determinação do governador, a Agetop está priorizando as ações emergenciais nas rodovias que são utilizadas pelo transporte escolar e de escoamento da produção. No caso específico da GO-164 a empresa responsável pela manutenção preventiva rescindiu contrato em março de 2010, por não receber pelos serviços prestados, abandonando o trecho. Chamada para retomar suas funções, a empresa retificou o seu pedido de rescisão.
Assim, destaca a nota, a nova administração realizou contratação emergencial de uma outra empresa para iniciar, já no começo da próxima semana, os serviços de manutenção do pavimento. A diretoria da Agetop, diz que se tivesse sido procurada pelos produtores envolvidos na manifestação, com certeza repassaria a informação das providências já tomadas. Essa comunicação evitaria que a manifestação extemporânea e intempestiva tivesse ocorrido.