O presidente da companhia, José Luiz Felício Filho, disse que a alteração é um “caminho sem volta” e deve ser efetivada em um ano e meio, prazo necessário para construção de novos hangares no aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.
Cerca de 600 empregos serão fechados em Ribeirão Preto nas áreas técnica e operacional. No total, a Passaredo tem 1000 funcionários. Uma das principais razões para a mudança é a redução de 15% para 3% do ICMS sobre querosene de aviação aprovada em novembro do ano passado em Goiás.
Segundo Felício Filho, o combustível representa de 35% a 40% dos custos de um voo. Em São Paulo, o ICMS sobre o querosene é de 25%. A Passaredo negocia com a Infraero a autorização para utilizar uma área de 18 mil metros quadrados no aeroporto de Goiânia.
A empresa deve investir de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões na nova estrutura, que abrigará áreas de manutenção e de treinamento, que hoje funcionam em Ribeirão. A prefeita da cidade paulista, Dárcy Vera (DEM), disse em nota que ainda não sabia quais eram os benefícios oferecidos pelo Estado de Goiás à empresa, mas que “fará de tudo” para que a Passaredo fique na cidade.
Em 2009, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Passaredo transportou 373,3 mil passageiros, ficando na segunda posição nacional entre as companhias aéreas regionais. A líder do segmento é a Trip, com 1,9 milhão de pessoas transportadas no mesmo ano.