Faltando menos de dois anos para a eleição para a prefeitura de Goiânia, peemedebistas começam a endurecer o discurso sobre a manutenção da aliança com o PT para a reeleição do prefeito Paulo Garcia. Desde a semana passada, deputados do PMDB começaram a defender publicamente que o partido não pode ficar de fora da discussão de lançar uma candidatura própria. O principal argumento dos parlamentares é que o maior partido do Estado e da capital não pode ficar de fora desse debate.

Para o deputado estadual Francisco Vale Júnior, o PMDB não pode se privar de tentar lançar um candidato do partido. “Não tem sentido você se alistar para uma discussão, sendo o maior partido de Goiânia, com a maior bancada na Câmara, com o maior número proporcional de votos nas eleições passadas em Goiânia de todos os partidos, diante de tudo isso o PMDB não pode se furtar a discutir a possibilidade de encabeçar a chapa”, declarou.

Francisco reforçou que a aliança com o PT continua até a final da gestão de Paulo Garcia, em 2012, o que não afasta a possibilidade de rever essa ligação para as eleições. “O que eu digo é que nós temos que rever essa parceria o tempo todo. O prefeito Paulo Garcia está bem avaliado, fazendo uma boa gestão. Ele é o candidato atual, ninguém discorda. Mas nós estamos ainda há quase dois anos disso, é o momento de se discutir profundamente para poder ampliar essa gestão, ampliar e não inchar”, ressaltou.

Wagner Siqueira reforça discurso

O deputado estadual, Wagner Siqueira, também destaca a densidade eleitoral do PMDB para defender que o partido deve se posicionar sobre a candidatura à prefeitura de Goiânia. “O que é importante destacar é que o PMDB hoje é o maior partido do estado de Goiás. O PMDB hoje tem mais de 57 prefeituras, o maior quadro de vereadores é do PMDB, e o que se espera do maior partido do estado é que ele tenha uma postura que ele sempre busque implantar os projetos”, defendeu.

“Se ele é o maior partido é porque ele tem os melhores projetos em desenvolvimento nas diferentes esferas, tanto municipais quanto estaduais. O PMDB sempre tem que postular sim a candidatura”, avaliou Waguinho. Segundo o deputado, a aliança histórica entre PT e PMDB não impede com que os dois partidos caminhem separadamente no próximo pleito municipal em Goiânia.

“Não é um casamento. Com muito respeito ao PT, nosso parceiro tanto em nível estadual como federal, essa aliança tem que ser estudada em um momento correto, e nesse momento que a gente não está falando de eleição, claro que todo partido tem que ocupar os espaços sim”, finalizou.