Nos últimos dias alguns deputados peemedebistas começaram a questionar a manutenção da aliança entre o PMDB e o PT para as eleições para a prefeitura de  Goiânia do ano que vem. O discurso não ficou somente na Assembleia Legislativa. Um dos líderes do PMDB no Estado, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, defende a aliança com o PT, mas destaca que o partido precisa ter candidatura própria à prefeitura de Goiânia.

“O PMDB está aliado com o PT a nível nacional, aqui em Goiás esteve coligado na última eleição e é o parceiro hoje principal do PMDB, e vice-versa. Agora, as eleições do ano que vem é outra história. Vamos conversar, dialogar, e buscar as melhores alianças”, disse. “Todo partido forte, ou todo partido para ser forte tem que ter candidatos. Time que não joga, não tem torcida. Time para ter torcida tem que participar do jogo”, comentou.

Maguito revelou que o assunto ainda deve ser discutido no partido, mas deixou claro que defende um candidato próprio do PMDB. “O PMDB sempre disputou eleições aqui em Goiânia. É lógico que hoje tem um compromisso com o PT, mas muita coisa ainda vai acontecer, muita conversa. O partido vai ter que estar dialogando com suas bases no interior, e buscar o melhor caminho”, afirmou.

“Eu sempre defendi que todo partido que se preze tem que ter candidato, para presidente da República, a governador do Estado, a prefeito, ao Senado, à Câmara Federal, à Assembleia Legislativa e nas Câmaras Municipais. Você não pode admitir partido que não dispute eleições”, declarou.

Paulo Garcia prefere não comentar assunto

Questionado se as declarações estariam relacionadas a uma possível insatisfação por conta de espaço na gestão municipal, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, foi econômico nas palavras. “Eu desconheço, a mim não tem chegado nenhuma informação. PT e PMDB são irmãos siameses, vão caminhar juntos por um longo tempo. Nós temos um projeto político consolidado, não tenha dúvida”, declarou.

Paulo Garcia não quis comentar sobre o assunto, mas garante que a aliança será discutida futuramente. “Não estamos no momento de discutir processo eleitoral. Estamos preocupados em trabalhar. Num momento oportuno nós vamos discutir. Nós somos responsáveis, sabemos das responsabilidades em um processos desses, não haverá nenhum problema, aliás não há nenhum problema”.