Há quase três meses como secretário da Educação do governo de Marconi Perillo (PSDB), o deputado federal licenciado Thiago Peixoto ainda tem futuro incerto no PMDB. Integrantes da bancada do partido na Assembleia discutem o destino do Secretário na legenda. O deputado Wagner Siqueira afirmou que a depuração será natural, e que não há mais ambiente para Thiago no PMDB.

“Acho que em algum momento essa conta será cobrada. O que nós temos que ser é coerentes com a nossa história. O deputado Thiago tem sua história, tem no seu pai um membro histórico do PMDB, no seu vô uma pessoa histórica dos primórdios do PMDB. Ele também já foi secretário municipal, foi apoiado por 70% da prefeitura do então prefeito Iris Rezende, e de repente ele vai pro lado do PSDB”, declarou Wagner.

“Acho que o que a bancada poderia fazer é dar o seu voto na executiva se ele seria encaminhado à Comissão de Ética ou não. O voto foi dado, que ele deveria ser encaminhado à Comissão de Ética. Agora cabe à Comissão de Ética cumprir a decisão dela, se ela acha que ele tem espaços aqui. Eu particularmente ouvi pessoas do PSDB reclamando dele lá”, esbravejou o deputado.

No caminho contrário, o deputado Lívio Luciano disse que a bancada peemedebista não tem conversado sobre o assunto. Entretanto ele concorda que a maioria do PMDB não aceitou bem a ida de Peixoto para a Secretaria de Educação do governo Marconi.

“Eu acho que o grande penalizado de todo esse imbróglio é o próprio Peixoto. Evidentemente dentro do PMDB, os comentários que a gente escuta, não a bancada, mas da base do partido de um modo geral, é de que o Thiago tem dificuldade hoje de transitar dentro da base do PMDB”, declarou.

Segundo Lívio, o futuro de Thiago ainda demorará para ser definido. “Mas a gente tem que ver, o tempo vai passando, vamos ver as opiniões de cada um, o que poderá acontecer com esse processo disciplinar, que ainda está em andamento”, finalizou.