Na última terça-feira a Comissão de Reforma Política do Senado aprovou o fim das coligações proporcionais nas eleições para Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e Câmara dos Vereadores. As coligações só poderão ser feitas nas eleições majoritárias, para presidente da República, governador, senador e prefeito. A proposta foi bem aceita pelos deputados goianos que estão na Assembleia do Estado.

“A medida fortalece os partidos. Nós temos hoje a ‘artificialização’ do parlamento com coligações. Agora não. Cada parlamentar representar o seu partido, porque vai ter que ser eleito na sua bancada própria, e com isso a gente acaba com um dos vícios que o parlamento tinha, que era as coligações e, inclusive, as negociatas de tempo de televisão e rádio, que envolvem as próprias alianças para o legislativo”, avaliou o deputado Mauro Rubem (PT).

Lívio Luciano, que ficou na primeira suplência do PMDB, tem motivos de sobra para aprovar o fim das coligações proporcionais. “Eu sou até suspeito para falar sobre isso, porque o ano passado foi a segunda eleição que eu fiquei na primeira suplência, tendo uma votação magnífica. Em 2006, dos 41 eleitos, eu fui, salvo engano, o 28º. E agora, em 2010, dos 41 mais bem colocados fiquem em 26º, ou seja, nas duas eleições daria para ganhar com folga se realmente a eleição fosse totalmente democrática”, disse o deputado, que assumiu a vaga de Luiz Carlos do Carmo (PMDB).

Lívio defende o fim das coligações como uma medida para tornar mais justa e democráticas as eleições. “Eu tive quase 25 mil votos, e deputados foram eleitos com 14 mil votos. Então é uma discrepância muito grande que eu acredito que tem que ser corrigida agora com a Reforma Política”, acrescentou o peemedebista.

Comissão volta a se encontrar na terça-feira

A Comissão de Reforma Política voltará a se reunir na próxima terça-feira (29), às 18h, para decidir se incluirá no anteprojeto que apresentará ao Senado sobre qual sistema será adotado: sistema proporcional, proporcional com lista aberta, ou proporcional com lista fechada – clique aqui e saiba mais sobre os sistemas.

A Comissão tem até o dia cinco de abril para se posicionar sobre todos os temas relacionados à Reforma Política. Ainda serão discutidos temas como financiamento eleitoral e partidário; cláusula de desempenho; candidatura avulsa; filiação partidária e domicílio eleitoral; e fidelidade partidária. Os projetos aprovados ainda tramitarão no Congresso.