O Batalhão das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) pode ter volta antecipada às ruas da região metropolitana de Goiânia. A antecipação do retorno da Rotam veio após uma intimidação de quatro criminosos a quatro policiais militares da 28ª Companhia Independente da Polícia Militar, que atendiam uma ocorrência de roubo de um carro.

O veículo foi levado para o setor Village Santa Rita, na capital. Segundo a polícia, os militares averiguavam o veículo, quando quatro bandidos renderam os policiais, os mandaram deitar no chão e, em seguida, foram algemados e tiveram as armas roubadas. O carro, uma Strada, foi queimado no bairro Goiá.

Diante do episódio, o secretário estadual de Segurança Pública, João Furtado, determinou o Comando da Polícia Militar que agilizasse a volta da Rotam às ruas. “A Rotam nunca deixou de ter a possibilidade de voltar às ruas. A Rotam vai voltar às ruas. O alto comando da polícia tecnicamente fez algumas mudanças, não só na Rotam. Alguns dos batalhões vão mudar a cor da farda, vão passar a usar uma farda idêntica a que o restante da Coorporação usa, apenas com uma identificação, uma ombreira que identifica o Batalhão”, explicou.

Atualmente o agrupamento passa por reestruturação e estão aquartelados, sendo que as equipes saem em casos mais relevantes, como por exemplo, assalto a banco, precisando de ordem do comando do policiamento da capital. O deputado estadual, Major Araújo, acredita que este tipo de fato só ocorreu em virtude dos últimos acontecimentos envolvendo policiais militares.

“Nós fizemos julgamentos de policiais acusados de terem matado. Tivemos há pouco mais de um mês policiais sendo transferidos para presídios de segurança máxima, acusados também de confrontos, de terem matados, acusados de homicídios, como realmente cometeram, mas em confrontos”, avaliou.

“Todas essas ações e principalmente as declarações da Cúpula da Polícia Militar especialmente, de que vai punir com rigor aqueles que porventura se excederem, e entendendo os policiais que as ocorrências com aqueles policiais são rotineiras, ocorrem com qualquer policial, tem semelhança com o que ocorrem com eles todos os dias, os policiais ficam inibidos”, complementou o Major.

PM garante resposta

O comandante geral da PM, coronel Raimundo Nonato Sobrinho, assegurou que a polícia dará uma resposta para a sociedade sobre o episódio. “Infelizmente eles foram surpreendidos, nós não sabemos ainda como foi essa ação dos marginais, só através de sindicância que nós vamos saber, mas o mais importante é que a Polícia Militar sempre esteve e está alerta, a comunidade pode estar tranqüila que a polícia está na rua, está trabalhando. O que nós temos que ter é a capacidade de reação”, ressaltou.

Uma hipótese que foi levantada seria de que o fato envolvendo os policiais militares no setor Village Santa Rita foi apenas uma simulação para que a Rotam voltasse às ruas. Entretanto, o secretário João Furtado afastou essa possibilidade, e disse que as investigações não demonstram nenhuma simulação. “Isso é novidade para mim, as informações que eu tenho, e a as investigações não demonstram o caminho dos fatos. O que as investigações demonstram é que os policiais foram vítimas de uma agressão”, explicou.