Sob a luz de um poste de energia, no dia 3 de abril de 1943, nascia o Goiás Esporte Clube. Idealizado pelos irmãos Lino e Carlos Barsi, o clube recebeu as cores devido a paixão do primeiro pelo Palmeiras. A ata de fundação e a primeira diretoria surgiram três dias depois.
O Goiás era basicamente composto por comerciantes, que colaboravam financeiramente para manutenção do time. Valia tudo para arrecadar dinheiro. As rifas eram tradicionais. Os jogadores jogavam pelo amor ao esporte e alguns ao clube, haja vista que não existia salário. A família Segurado foi uma das mais importantes nos primeiros anos de vida do alviverde. Alguns colaboravam em campo, outros fora. Destaque para Tão Segurado, considerado o grande craque do futebol goiano na década de 50.
O primeiro título esmeraldino foi em 1951, quando o Goiás superou o Goiânia na final. Porém seis anos depois, revoltado com a decisão de Tão Segurado não atuar no Galo, o presidente alvinegro Joaquim da Veiga Jardim, entrou na justiça, alegando uma falha no regulamento que previa apenas ‘melhor de três’, mas não citava se eram pontos ou partidas. Outra decisão foi realizada, e o clube chapa branca venceu por 3 a 2.
Em 1965, o Goiás esteve muito próximo de ser rebaixado para a segunda divisão. Comentaristas esportivos da época, afirmam que se isso tivesse acontecido, a equipe tinha uma grande probabilidade de deixar de existir. O jogo contra o time das Lojas Riachuelo decidiu quem ficaria na ‘Série A’. O alviverde vence por 3 a 0. No ano seguinte, comandando por Paulo Lázaro, que até a temporada passada era jogador, o Periquito chegou conquistou outra vez o primeiro campeonato.
A final de 1966 foi contra o Vila Nova. O Goiás fez 4 a 2, sobre os colorados. Neste período ainda não existia uma grande rivalidade entre os dois. Os gols esmeraldinos foram marcados por Baltazar, Sinval, Marrom e Altamiro (contra).
A grande virada esmeraldina e também uma das maiores polêmicas da história, aconteceu quando o Goiás foi escolhido pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), então dirigida por João Havelange, para representar o estado no Campeonato Brasileiro. A decisão provocou ira nos dirigentes do Vila Nova (atual campeão daquela temporada).
Mesmo acostumado a participar da maior competição nacional, o Goiás ainda corria atrás de feitos estaduais. O primeiro sonho era conquistar o tri-campeonato. Depois de frustrar a torcida em três ocasiões 1973, 1977 e 1988, o feito foi alcançado em 1991. Nove anos depois, comandados por Harlei, Fernandão e Araújo, veio o penta, maior conquista alviverde no estado.
Grande sonho
O maior anseio da torcida esmeraldina é a conquista de um título de grande expressão. Por duas vezes, o Goiás esteve bem próximo deste feito. A primeira foi em 1990, quando a equipe esmeraldina decidiu a Copa do Brasil com o Flamengo, que levou a melhor e ficou com o caneco. A segunda foi no ano passado. Surpreendendo o país e o continente, o Verdão chegou a final da Copa Sul Americana. Mas outra vez saiu derrotado, desta feita para o Independiente, da Argentina, que venceu nos pênaltis.
Títulos esmeraldinos
22 Campeonatos Goianos (1966, 72, 73, 75, 76, 81, 83, 86, 87, 89, 90, 91, 94, 96, 97, 98, 99, 2000, 2002, 2003, 2006 e 2009).
3 Copas Centro-Oeste (2000, 2001 e 2002).
1 Brasileiro B (1999)
Torneios
Torneio Manoel dos Reis e Silva (1971)
Torneio Joviro Rocha (1970)
Torneio Newton Barreira (1972)
Torneio Pará-Goiás (1973)
Copa Leonino Caiado (1973)
Troféu Governador Octávio Lage (1978)
Atualidade
Neste ano, o Goiás está na Série B, do Campeonato Brasileiro. Está será a quarta participação esmeraldina na segunda divisão. Contra 19 adversários, entre eles o rival Vila Nova, o time alviverde lutará para ficar entre os quatros melhores colocados para retornar à Série A.
Em âmbito estadual, o Periquito tenta reconquistar o título estadual e de quebra evitar o inédito bi-campeonato do Atlético. Praticamente classificado para a fase semifinal, o Goiás tenta ficar em segundo lugar na primeira fase, para ter vantagem de jogar por dois empates contra o terceiro colocado.
