José Cláudio e Francisco. Talvez com esses nomes Chico Rey e Paraná não teriam alcançado o sucesso que tem no país. Com o 17º disco recém lançado (Cantos e Cordas), a dupla pretende voltar com todas as forças à ativa, depois que Chico Rey ficou parado, por conta de um transplante de rins no ano passado.


Ouça a entrevista na íntegra:

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Em entrevista ao apresentador Márcio Ferreira, para o programa “Madrugada Viva” da RÁDIO 730, Paraná revelou o seu otimismo e satisfação com o novo trabalho. Segundo ele, “Cantos e Cordas” é um resgate do estilo que estava buscando, e por isso se tornou em um “trabalho mais pessoal”.

“A minha carreira começou a virar para um meio elitizado sem que eu percebesse, e eu decidi fazer aquilo que eu gosto. Daí eu mesmo fiz a produção nesse período em que o Chico Rey estava hospitalizado, e fui meio ousado de gravar algumas coisas fora do meu repertório, mas mantive as minhas características”, comentou o cantor.

O novo disco apresenta músicas apenas com instrumentos de cordas, o que inspirou o nome do álbum. Paraná ressaltou que a intenção é que o público de todas as idades possa ouvir o novo trabalho. “Estou meio contra-mão do que está rolando”, disse. Na última semana Chico Rey já retornou aos palcos ao lado do irmão, e a expectativa é de que nos próximos shows os dois estejam lado a lado como anteriormente.

A carreira

“Quem será seu outro amor”. Paraná elegeu essa música o grande marco da carreira da dupla. A faixa está no quinto disco deles, que leva o mesmo nome da música, e lhe renderam o primeiro disco de ouro. De lá para cá foram vários sucessos emplacados pelo Brasil afora, como “Canarinho Prisioneiro”, “Operário”, “De lá para cá”, e vários outros.

Durante os vários anos de carreira, os dois irmãos de Arapongas-PR pouco se desentenderam. “Nós somos irmãos e a gente combina muito. Às vezes que você estressa muito são as viagens, mas nós estamos sujeitos a isso. Pensar em parar não tem como não”, revelou Paraná. Sem desentendimentos, tampouco frustração. A única investida da dupla que não deu muito certo, de acordo com Paraná, foi pela dita “música brega”, mas nada preocupante.

“Rio Negro e Solimões, Leandro e Leonardo tocaram um tempo nesse estilo. Dava certo com eles, e comigo não dava. Eu gravava um negócio mais simples, e não parecia comigo, por isso que tive essa ideia de fazer esse projeto do canto de cordas”, comentou o cantor, que também tem focado em algumas regravações, de Toquinho a Zizi Possi.

“Eu quando faço uma regravação eu gravo no canto original dele, ou então não me proponho a cantar, porque se o sujeito canta agudo, e o outro vem e canta grave, o ouvinte sente aquele choque”, comentou. Com esse repertório, Paraná não tem medo de garantir que sempre garantirá boa música aos apreciadores do estilo sertanejo. “O precinho é que é pequeno, mas o nosso show tem tudo que o show grande tem”.