O plano de reestruturação da Celg anunciado no último dia 13 tem como base a parceria com o banco suíço Credit Suisse. O envolvimento da instituição estrangeira fez surgir uma série de questionamentos, principalmente em relação aos lucros que o banco terá com o acordo. O presidente da Celg, José Eliton Júnior, garantiu a transparência da negociação, e afastou qualquer polêmica em torno do assunto.

“É uma operação normal no mercado financeiro, é uma operação que é remunerada conforme a taxa de sucesso, essa taxa de sucesso já está definida, foi apresentada por diversas vezes à sociedade, na apresentação ao Ministério Público eu já apresentei, na audiência Pública onde estiveram presentes deputados, sindicalistas, jornalistas, cidadãos e cidadãs comuns, e foi aberto para todos questionarem”, defendeu o vice-governador.

“Não há qualquer tipo de situação obscura ou situação sem explicação. Todos os atos na Celg são tratados com absoluta transparência, então nós estamos apresentando à sociedade um plano de reestruturação sobre todos os aspectos. Todas as informações são de domínio público”, assegurou José Eliton. Segundo ele, o acerto com o Credit Suisse não atrapalha a negociação com o governo federal.

Governo federal

“Ele (Credit Suisse) vai fazer toda a estruturação econômica e financeira da empresa, com conformidade com o plano de reestruturação que foi apresentado ainda no início do ano. Ele vai fazer a parcela de renegociação dos dados setoriais da empresa e alienação de até 49% das ações, nesse instante se encerra a participação do Credit Suisse”, ressaltou.

Entretanto, o presidente da empresa goiana revelou que a Celg precisa estar preparada caso o acordo com o governo federal não dê certo. “Nós continuamos trabalhando no sentido de viabilizar aquela operação, todavia estamos preparados caso não saia aquela operação para já dar uma solução para a Celg. Se eventualmente o governo federal reconhecer e formalizar aquela operação o Credit Suisse passa, mas não necessariamente, a atuar na questão da regularização setorial”, disse.

José Eliton ainda fez questão de lembrar que a Celg não receberá investimentos em publicidade nesse ano, somente nos setores obrigatórias. “Basicamente é obrigação de balanço, aviso de cortes, aviso de interrupção, campanhas de licença do uso energética, que são campanhas obrigatórias, que devem ser feitas por força de um órgão regulador sob pena de multa”, concluiu.