A Delegacia Estadual do Consumidor realizou o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, sendo três em Goiânia e um em Nerópolis. Na capital um dos locais averiguados pela Polícia Civil foi a sede do Sindiposto, no Setor Universitário.

As investigações começaram no início deste ano e está relacionada com as altas no preço do etanol desde o final do ano passado. Foram apreendidos computadores, notas fiscais e outros documentos que também serão analisados.

De acordo com o titular da Defesa do Consumidor (Decon), André Abrão, já existem alguns elementos probatórios concluindo que houve crime no período de janeiro e abril deste ano.

“Esta busca e apreensão faz parte do planejamento das investigações para achar elementos que serão cruzados com as informações que já possuímos. Assim podemos fechar as investigações e encaminhar para o poder judiciário”, afirma.

Segundo o diretor geral da Polícia Civil de Goiás, Edemundo Dias, caso se comprove os elementos da investigação, os envolvidos serão punidos sem exceção.

“O que tem relevância criminal é a questão da combinação de preços em prejuízo ao consumidor. Se isto tiver ocorrendo e se a policia civil detectar provas nesse sentido, todos aqueles que participam deste ato criminoso contra o consumidor serão responsabilizados”, garante.

Postos x Consumidor

Para o delegado André Abrão, alguns crimes já foram identificados até o momento.

“O trabalho da Polícia Civil é investigar e chegar à conclusão se houve crime e quem os cometeu. Já estão identificados alguns crimes, como alinhamento de preços, formação de cartel e aumento abusivo no preço do etanol sem justificativa”, descreve.

Apesar da identificação dos crimes, será necessária a comprovação a partir de um cruzamento de dados com o PROCON Goiás e Ministério Público Estadual.

Há cerca de 15 dias, o PROCON identificou que pelo menos 50% dos postos de combustíveis em Goiânia praticam Cartel, ou seja, o alinhamento de preços.

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